A cantora Sara Tavares encerrou na sexta-feira, na Casa 70, uma série de três espectáculos. A Caboverdiana de origem, dona de uma voz e timbre inconfundíveis, levou um número considerável de apreciadores da sua música àquele recinto para a verem cantar. Na quarta, quinta e sexta-feira, a autora de vários sucessos fez os presentes voarem com a imaginação, qual “Borboleta”. Da sua voz ouviram-se temas que causaram nostalgia e certamente outros sentimentos não confessos. De guitarra em punho, Sara tirou muitos sons e canções conhecidas por nós. Mas, sem dúvida, o “Balancê” foi a que mais embalou os seus admiradores. À vontade com a sua música, Sara Tavares também teve a ousadia de ir buscar canções de outros músicos, como Boy G Mendes ePaulo Flores. Com a música angolana, homenageou André Mingas, músico e compositor falecido recentemente, afirmando que Angola e África perderam uma grande referência. Neste balanço, Sara fez Luís Caracol, um português, cantar crioulo e kimbundu. O músico português saiu-se bem e até mereceu palmas. Os concertos foram marcados pelo bom ambiente, boa música e muita vibração transmitida por Sara Tavares que não quis ver ninguém “tímido”, e só lhe faltou balançar as ancas à maneira africana nos sons mais ritmados, pois descalça ficou e fez lembrar a “diva dos pés descalços” Cesária Évora. A plateia com “Bom Feeling” dançou por ela e aplaudiu-a muito.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: DR