As autoridades saotomenses acordaram intensificar a cooperação com Cabo Verde em múltiplas áreas, particularmente na educação, com o reforço na contratação de professores cabo-verdianos para leccionarem em S.Tomé e Príncipe.
O facto foi anunciado pelo responsável diplomático da Praia em São Tomé, quando falava à imprensa local, no âmbito do 37º aniversário da independência de Cabo Verde celebrado a 5 deste mês, no qual, a missão diplomática viabilizou actividades de carácter sócio-cultural e desportiva para assinalar a data.
José Maria e Silva, cônsul daquele país afrolusófono no arquipélago santomense, apontou prioridades na cooperação bilateral como compreendendo três eixos, nomeadamente agricultura, saúde e educação, devendo já em 2013 ser reforçado o número de quadros docentes cabo-verdianos que dão aulas em S.Tomé e Príncipe, particularmente na ilha do Príncipe.
No domínio da agricultura, referiu a cooperação trilateral, envolvendo Luxemburgo que já notificou a parte cabo-verdiana, para o efeito, ”podendo’, disse Jose Maria e Silva, ‘a cooperação evoluir ainda este ano visualizando a formação profissional”.
Além de capacitação e reciclagens de quadros são-tomenses, o diplomata explicou que as partes podem desenvolver a cooperação a luz do acordo fito-sanitário, existente entre Cabo Verde e S.Tomé e Príncipe, com auxilio técnico-financeiro de Luxembrugo.
Na saúde, citou a recente visita de três dias da ministra de Estado e da Saúde, Cristina Lima, de Cabo Verde, ao arquipélago, na qual permitiu as autoridades dos dois países gizarem um acordo visando a importação de medicamentos de fabrico cabo-verdiano, assim como reanimarem o intercâmbio na reciclagem de quadros santomenses em laboratórios e outras instituições sanitárias daquele país de África ocidental.
Ainda na esfera da saúde, e para dar corpo ao protocolo assinado pelos titulares da Saúde dos dois países resultante do Tratado de 2007, Praia e São Tomé decidiram criar uma empresa chamada ‘Infarma/STP’, ligada a Infarma/Cabo Verde, para garantir a estabilização de reserva de fármacos para diversos hospitais santomenses, bem como viabilizar a comercialização de medicamentos em S.Tomé e Príncipe.
Instado a comentar a situação da comunidade cabo-verdiana no arquipélago, ele considerou que ‘ela não é boa’, mas comparou–a a dos próprios santomenses(naturais do país), angolanos ou moçambicanos residentes, reconhecendo, no entanto, que ‘os governos dos dois países já identificaram os problemas e têm consciência da situação e trabalham para a sua resolução’. As informações são da STP-PRESS.
FONTE: África 21