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    Rússia nega envolvimento em ataque informático

    As autoridades russas negaram, ontem, o envolvimento do país numa operação de pirataria informática contra várias agências governamentais dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos do Tesouro e do Comércio.

    “Uma vez mais posso negar essas declarações, essas acusações”, afirmou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, em conferência de imprensa em Moscovo. O porta-voz mantém que “não há necessidade de culpar os russos de tudo e de forma infundada”. “Não temos nada a ver com isto”, sublinhou o responsável, recordando que o Presidente russo, Vladimir Putin, ofereceu aos Estados Unidos a possibilidade de negociar e assinar um acordo de cooperação nas áreas da cibersegurança e segurança de informações.

    Segundo Moscovo, o tratado poderia permitir a ambos os países “lutarem contra os crimes cibernéticos e a espionagem”. “Os Estados Unidos não aceitaram o convite de Putin”, disse o porta-voz do Kremlin. De acordo com o jornal New York Times, piratas informáticos que actuaram a soldo de um Governo estrangeiro, provavelmente russo, conseguiram introduzir-se nos sistemas informáticos de várias agências governamentais dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos do Comércio e do Tesouro.

    O jornal refere “com quase toda a segurança”, os piratas informáticos, que também acederam às mensagens de correio electrónico, actuaram “em nome de uma agência de informações russa”. O New York Times escreve que se tratou de um dos maiores e mais sofisticados ataques contra os sistemas federais norte-americanos nos últimos cinco anos.

    A notícia é publicada a menos de uma semana depois da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, responsável pela defesa dos sistemas de segurança norte-americanos, ter emitido um aviso indicando que os “actores patrocinados pelo Estado russo” aproveitaram as falhas informáticas do Governo federal.

    Um funcionário do Governo norte-americano disse que é demasiado cedo para avaliar os danos provocados pelos ataques informáticos ou quanto material se perdeu, mas segundo outros elementos, os ataques que começaram na última Primavera não foram detectados durante os meses marcados pela pandemia, incluindo durante o processo eleitoral dos Estados Unidos.

    O Departamento do Comércio reconheceu que uma das agências foi afectada, mas não especificou, apesar do jornal referir em concreto ataques informáticos contra a Administração Nacional de Telecomunicações e Informação, que é responsável pelas decisões que determinam o bloqueio ou não de exportações e importações de tecnologia consideradas de risco para a segurança nacional.

    Pentágono inicia retirada de forças militares do Afeganistão
    Os Estados Unidos anunciaram, domingo, que começaram a reduzir o seu efectivo militar no Afeganistão dos actuais 4.500 para 2.500 soldados, num processo que espera concluir até 15 de Janeiro. A diminuição de tropas no Afeganistão tinha sido uma promessa do Presidente Donald Trump e foi acordada com os talibãs, num acordo assinado em Doha, em Fevereiro, mas apenas a partir de agora começa a ser oficialmente efectivada.

    “As minhas instruções são de que não haja mais de 2.500 soldados americanos no dia 15 de Janeiro. Este é um processo longo e estamos a começar a movimentar-nos nessa direcção”, disse o general Austin Scott Miller, comandante do Exército dos EUA e da coligação internacional no Afeganistão, num comunicado assinado em Cabul.
    Os Estados Unidos já tinham retirado grande parte dos cerca de 12 mil soldados estacionados no Afeganistão, restando agora um efectivo de cerca de 4.500 militares, que vai ser reduzido para menos de metade nas próximas semanas. “Discutimos este assunto com muito cuidado com as forças de segurança afegãs. Ainda temos uma força capaz de fornecer o apoio necessário (…).

    A nossa missão de treinar, aconselhar e apoiar continua”, disse Miller, garantindo que as forças da NATO no terreno, no âmbito da coligação internacional, serão suficientes para garantir o apoio às Forças Armadas do Afeganistão.

    Scott Miller acrescentou que a violência no país asiático diminuirá em função do resultado das negociações de paz entre o Governo afegão e os talibãs, em Cabul, assinalando ser urgente assegurar que os ataques das forças rebeldes “sejam reduzidos”. Mas, se os talibãs não reduzirem a violência, Miller disse que o seu maior receio é que “uma oportunidade que demorou 20 anos seja desperdiçada”.

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