As Reservas Internacionais Líquidas (RIL) de Angola, em 2013, se situarão a volta de 4 triliões e 30 biliões de kwanzas, disse hoje, em Luanda, o economista Manuel Nunes.
Segundo o professor associado da Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto (UAN), para o final do período que vai até 2017 projecta-se que as mesmas RIL situem-se ao redor dos 5 triliões e 300 biliões de kwanzas.
Referiu que em 2012 as reservas chegaram a 3 triliões e 220 biliões de kwanzas, mas informou que o mais importante para os próximos cinco anos é que Angola continue a crescer.
Manuel júnior, que discursava sobre a “ Importância e relevância da formação e qualificação de quadros nacionais” no fórum sobre Crescimento Económico e Desenvolvimento Humano Sustentável, falou também sobre as importações, referindo que não se pode desenvolver um país com níveis muito baixos de produção interna.
“As importações são uma forma do país financiar a criação de novos empregos noutras partes do mundo e não em Angola”, disse, salientando que só aumentando a produção nacional se cria empregos, se aumenta os rendimentos dos cidadãos, o poder de compra, levando a um aumento da procura efectiva nacional e a um verdadeiro círculo virtuoso de crescimento.
Reiterou que a economia angolana é pouco diversificada, apesar dos avanços que se têm verificado neste domínio.
Informou que o sector petrolífero representa ainda cerca de 45 porcento do Produto Interno Bruto (PIB), mais de 70 porcento das receitas fiscais e mais 90% das exportações, tornando a economia nacional ainda muito vulnerável a choques externos.
“ Por esta razão, o grande desafio que se coloca a Angola, nos próximos anos, é a intensificação dos projectos para a diversificação da sua economia”, sublinhou o orador.
O evento com duração de um dia é co-organizado pelo grupo MCA, da Universidade Agostinho Neto e pela empresa RTJA, abordou temas como “ Desenvolvimento e responsabilidade social e Importância e relevância da formação e qualificação de quadros nacionais. (portalangop.co.ao)