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    República Centro-Africana realiza paralelamente duas voltas das legislativas

    República Centro-Africana realizou hoje a segunda volta das eleições legislativas em alguns círculos eleitorais e a primeira noutros, perante um ambiente volátil marcado pelo conflito armado.

    A votação deste domingo (14.03) incluiu a segunda volta em 49 distritos eleitorais e a primeira volta em 69 distritos onde a violência impediu a realização da votação em dezembro passado.

    Alguns eleitores estavam determinados a votar, independentemente dos obstáculos.

    Em Zado, uma aldeia fora da capital Bangui, muitos residentes só recentemente regressaram às suas casas depois de terem fugido dos combates em janeiro, quando os rebeldes tentaram tomar o poder após as contestadas eleições presidenciais.

    “É meu direito e meu dever cívico”, disse o deslocado residente em Zado Eric Malingapa, que andou por cinco quilómetros sob um sol escaldante para chegar à mesa de voto.

    O diretor da assembleia de voto local, Emmanuel Maskemde, disse que apenas 50 dos 300 eleitores recenseados tinham comparecido para votar até o meio da tarde.

    “Eles têm muito em que pensar. O moral pode estar em baixo”, afirmou.

    Em Bangui, pequenas filas de eleitores à espera de votar podiam ser vistas e um grande número de polícias fazia a segurança.

    O porta-voz da autoridade eleitoral nacional, Théophile Momokoama, disse que apenas três ou quatro mesas de voto em todo o país não tinham sido capazes de abrir, devido à insegurança.

    “A tendência geral é positiva”, considerou.

    Faustin Archange Touadéra.
    (DR)

    Ocupação do Parlamento
    A votação da segunda volta deve definir quem serão os deputados a ocupar 49 dos 140 assentos da Assembleia Nacional. Vinte e dois deputados já foram eleitos na primeira volta.

    Para os outros 69 lugares, uma segunda volta se seguirá, numa data ainda não agendada.

    O Tribunal Constitucional do país determinou que para que a nova Assembleia Nacional seja confirmada, pelo menos 71 deputados terão de ser eleitos até 2 de maio.

    Milhares de pessoas foram mortas desde que a guerra civil eclodiu em 2013, quando a coligação essencialmente muçulmana Séléka derrubou o então Presidente François Bozizé.

    Agitação de Dezembro
    Apenas um em cada três dos eleitores inscritos pôde votar na primeira volta em dezembro passado, devido à insegurança.

    Pouco mais de uma semana antes dessa votação, seis dos grupos armados que controlam dois terços do país juntaram forças, jurando interromper as eleições, marchar pela capital e derrubar o Governo do Presidente Faustin Archange Touadéra.

    Mas as eleições presidenciais e legislativas prosseguiram e Touadéra foi reeleito com 53,1% dos votos expressos, sendo que a legalidade e legitimidade dos resultados ainda são contestadas.

    Na sexta-feira (12.03), o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que prevê o aumento gradual de cerca de 3.000 militares na RCA.

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