Túnis, Tunísia – Refugiados do campo de « al-Choucha », situado na província de Bengardane, no sul da Tunísia, na fronteira com a Líbia, na sua maioria Africanos, organizaram segunda-feira uma marcha de protesto diante da Embaixada alemã em Túnis para pedir o seu acolhimento na Alemanha.
Cerca de 400 refugiados vivem neste campo em condições muito difíceis, marcadas por noites de frio extremo e sem o mínimo de serviços essenciais, como cobertura sanitária, água e eletricidade, sobretudo após a suspensão da ajuda do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) para os obrigar a deslocar-se às cidades tunisinas no quadro dum programa para a sua integração na sociedade tunisina.
O ACNUR decidiu encerrar o campo a 30 de junho último depois de transferir e instalar três mil 170 refugiados na Alemanha, na Noruega, na Suécia, na Austrália e nos Estados Unidos.
Milhares de refugiados originários de países africanos, árabes e asiáticos fugiram da Líbia durante a guerra neste país e atravessaram as fronteiras terrestres tunisinas em condições trágicas.
Alguns países repatriaram os seus cidadãos por vias aérea e marítima, mas outros refugiados recusaram regressar às suas pátrias por razões políticas e económicas. (panapress.com)