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    Ravina ameaça circulação na Estrada Nacional 110

    Uma ravina em progressão ameaça cortar a circulação rodoviária entre Cabala e Quiçama (Luanda), na Estrada Nacional 110, e dificultar o tráfego de veículos com muito peso, impedidos de passar na Ponte da Barra do Kwanza, para não danificar as vias reabilitadas.

    Muitos automobilistas mostram-se preocupados com o estado em que a via se encontra e esperam por uma intervenção urgente, para evitar o alastramento da ravina, no tempo chuvoso.

    Para o automobilista Manuel Pedro, o Executivo deve intervir rapidamente, visto que se trata de uma Estrada Nacional de grande importância no transporte de carga entre o Sul, Norte e Leste do país.

    Acrescenta que o corte da circulação pode trazer muitas dificuldades para os agricultores da região, no escoamento dos produtos, fazendo com que, em muitos casos, sejam obrigados a dar uma volta grande, passando pelo Cabo Ledo, até chegar a Luanda, acabando por encarecer o frete do transporte e, consequentemente, dos bens do campo.

    Feira Agro-Pecuária
    Os 135 expositores da Feira “Agro-Pecuária da Quiçama” manifestaram-se satisfeitos pelos resultados positivos na comercialização de variados produtos e animais, com destaque aos caprinos, suínos, aves, tubérculos, hortícolas, frutas e pescado, avançou o administrador adjunto para Área Financeira e Orçamental, Amílcar Oliveira.

    Ao intervir, domingo, durante o balanço da feira, na comuna da Muxima, na Quiçama, o governante realçou que foram alcançados os objectivos traçados no intuito de impulsionar os agricultores a intensificar a produção.

    “A Administração da Quiçama tem realizado um trabalho no sentido de incentivar as cooperativas, bem como as famílias, pelo facto de a maioria da nossa população se dedicar ao trabalho do campo, com a entrega de fertilizantes e sementes”, disse o governante, dando ênfase que todos conseguiram ter vendas significativas.

    Questionado sobre o valor arrecadado na feira, Amílcar Oliveira sublinhou que o objectivo do evento foi ajudar os agricultores a mostrarem as potencialidades e poderem comercializar os produtos a preços atractivos. Acrescentou que “esta finalidade foi concretizada, por isso eles não foram cobrados por participarem no evento”.

    A Feira Agro-Pecuária da Quiçama foi realizada no âmbito do 83º aniversário do município, sob o lema “Quiçama, portas abertas para o desenvolvimento”. Em prol à efeméride foram, também, realizadas palestras sobre as potencialidades agrícolas da localidade e uma missa de Acção de Graças.

    Das exposições apresentadas por diferentes comunas, onde cada uma mostrou as suas potencialidades, destaque para a da comuna da Muxima, que levou a Cabo-Ledo produtos derivados da mandioca, peixe, camarão do rio e legumes, bem como ilustrações das zonas turísticas e praias, enquanto Kixinge expôs recursos minerais, como magnésio, ferro, réplicas de ouro, diamante e areia.

    Incentivos agrícolas
    Setenta e cinco por cento da população residente no município da Quiçama se dedica ao trabalho do campo. Produz, essencialmente, tomate, cebola e pepino. Mas, também, se dedica à criação de gado bovino, suíno, caprino e ovino.

    O director municipal da Agricultura, André Hyoba, destacou que, em relação a outras feiras já realizadas, esta teve uma abrangência diferente, em que 77 expositores foram camponeses.

    Acrescentou que, sendo o sector agrícola uma base primordial para a diversificação da economia, a criação de incentivos aos agricultores torna-se essencial para aumentar a produtividade.

    “Continuaremos a ajudar as cooperativas agrícolas no sentido de utilizarem meios mecanizados para aumentarem a produção de alimentos. Aqui, na Quiçama, as dificuldades verificadas no escoamento de produtos cultivados localmente enfraquecem os agricultores. As estradas estão muito degradadas”, explicou.

    Segundo André Hyoba, com a implementação do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), as vias de acesso vão deixar de ser um empecilho para os agricultores.

    “Estamos a criar uma política comercial dos produtos cultivados aqui, de modo a salvaguardar os esforços dos agricultores, que trabalham muito, mas os preços dos bens agrícolas continuam baixos”, frisou.

    A comercializar limão, Luzia Manuel estava satisfeita com as vendas durante a feira, uma vez que, referiu, compensaram o esforço do trabalho árduo ao longo de vários anos.

    “O nosso principal problema são as estradas, porque temos de vender os produtos na Cabala ou no mercado do 30 e o frete não é barato”, disse Luzia Manuel.

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