O nacionalista Amadeu Amorim valorizou nesta quinta-feira, em Luanda, a contribuição dos membros do Processo dos 50, considerando como referência histórica para a dignificação do cidadão nacional.
Ao falar durante a assembleia geral da Associação Processo dos 50, que decorreu quarta e quinta-feira, na Liga Nacional Africana, recordou que o Processo dos 50 é uma alusão ao julgamento em 1959, por um tribunal militar, de 50 patriotas angolanos acusados de conspirar contra o regime colonial português, por defenderem ideais nacionalistas e a auto-determinação de Angola.
Amadeu Amorim, um dos sobreviventes do Processo dos 50, em nome do grupo, apelou à continua mobilização da juventude para contribuir para os novos desafios de Angola.
Falou da necessidade da sociedade civil continuar a trabalhar para a consolidação das suas zonas de influência, bem como a promoção de formas salutares de ocupação dos tempos livres dos jovens.
A Associação Processo dos 50 saudou todas as gerações de combatentes da liberdade, pelos sacrifícios consentidos para a conquista da liberdade e independência nacional.
“De facto, foi no dia 29 de Março de 1959, um sábado, que a PIDE (Polícia Internacional e de Defesa do Estado), assoberbada com a enorme proliferação de panfletos pela cidade de Luanda e não só, que incitavam as populações para a oposição ao sistema colonial, decidiu-se por prisões em massa dos nacionalistas, que na clandestinidade contestavam o regime”, concluiu. (Angop)