Começaram a ser julgados esta quarta-feira, 10 de fevereiro, em Portugal, no Tribunal de Bragança, os sete cidadãos indiciados da morte do estudante cabo-verdiano Luís Giovani Rodrigues, ocorrida num hospital do Porto a 31 de dezembro de 2019, na sequência da agressão de que fora vítima dez dias antes em Bragança.
Os arguidos são sete homens de Bragança, com idades entre os 22 e os 45 anos, que respondem, cada um, pelo crime de homicídio qualificado consumado relativamente à vítima Luís Giovani Rodrigues e pelo crime de ofensas à integridade física qualificada no que se refere a outros três cabo-verdianos do grupo.
Os pais de Giovani Rodrigues constituíram-se assistentes no processo e o mandatário, o advogado Paulo Abreu, afirmou hoje aos jornalistas que mantêm a ideia inicial, de que a morte do jovem de 21 anos resultou das agressões de que foi alvo.
O advogado apontou que “a acusação do Ministério Público reforçou essa ideia”, assim como o despacho de pronúncia, resultado do processo de instrução.
A defesa dos arguidos tem alegado que o que está em causa neste processo é uma rixa, sem premeditação ou intenção de matar, e aposta na tese de que a morte poderá ter resultado de um acidente.
Os sete acusados do homicídio disseram que querem prestar declarações sobre os factos e acusações.
Os factos remontam à madrugada de 21 de Dezembro de 2019, quando o grupo de quatro cabo-verdianos se terá envolvido numa desavença com outro grupo de residentes em Bragança, cidade de Trás-os-Montes.
Luís Giovani Rodrigues, que tinha chegado à região há pouco mais de um mês para estudar no Instituto Politécnico, foi encontrado sozinho caído na rua e levado para o hospital de Bragança, tendo sido em seguida transferido para um hospital do Porto, onde morreu 10 dias depois.