Depois de o antigo primeiro-ministro socialista José Sócrates ter sido acusado de 31 crimes, houve várias reacções, sobretudo na esfera política.
Marcelo: “Tudo o que seja a justiça a acelerar é bom”
Confrontado com a acusação a José Sócrates, o Presidente da República relembrou o que disse no discurso do 5 de Outubro. “Aquilo que penso sobre Justiça disse-o no 5 de Outubro. Tudo o que seja a Justiça a acelerar e, de alguma maneira, converter em prazos mais curtos aquilo que temos a noção que são prazos longos é bom”, afirmou, citado pelo jornal online Eco.
Carlos César: “Desconfortável” para os portugueses”
O líder parlamentar do Partido Socialista (PS), Carlos César, afirmou nesta quarta-feira, em declarações à TSF, que é “desconfortável” para os portugueses “que a inocência de José Sócrates esteja em causa”. O socialista referiu ainda que “a generalidade dos portugueses” gostaria que a investigação da chamada Operação Marquês tivesse decorrido com maior rapidez. “O que estimamos é que a verdade tenha uma demonstração plena”, disse ainda Carlos César, em declarações à rádio.
Luís Montenegro: “Ninguém está acima da lei”
“Ninguém está acima da lei”, disse o antigo líder parlamentar dos sociais-democratas Luís Montenegro, também em declarações à TSF. “Não está só em causa a actuação de um antigo primeiro-ministro, está também a actuação de outras figuras de proa da vida nacional”, afirmou Montenegro, referindo ainda que esta acusação prova que “todos são escrutinados e, possivelmente, responsabilizados”. Em resposta à lentidão do processo invocada por Carlos César, o social-democrata referiu que a investigação “durou o tempo necessário” para que fossem tiradas conclusões.
Joana Amaral Dias critica “turba” de Sócrates
Numa publicação do Facebook, a dirigente do partido Nós, Cidadãos! Joana Amaral Dias partilhou uma notícia da acusação do antigo primeiro-ministro, criticando os que o apoiaram ao longo do processo: “Onde está agora aquela imensa turba que jurava que Sócrates era vítima de uma conspiração, alvo de uma grande cabala, hum? Já não se lembram, é?”.
José Sócrates acusado de 31 crimes e de acumular 24 milhões de euros na Suíça
Augusto Santos Silva: acusação “nos lugares próprios”
Nem na comunicação social nem através de fugas de informação; a acusação a José Sócrates foi feita onde deveria – unicamente através dos canais da Justiça, considerou esta quarta-feira o amigo e antigo ministro dos governos de José Sócrates, Augusto Santos Silva. “Como amigo de José Sócrates, aguardo com toda a serenidade quer o texto da acusação, que ainda não conheço, quer a defesa, que é isso que faz funcionar um Estado de direito: que as pessoas que sejam acusadas nos lugares próprios e que se possam defender”, referiu o actual ministro dos Negócios Estrangeiros. (Público)