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    Polícia proibiu manifestação contra a criminalidade na Catumbela

    A Polícia Nacional de Angola (PNA) impediu uma manifestação contra a criminalidade no município da Catumbela, província de Benguela, prevista para o passado sábado.

    Horas antes um jovem tinha sido espancado até à morte por alegadamente roubar cabritos num incidente que reflecte a crescente tensão na zona pelo aumento do crime.

    Os organizadores da manifestação lamentaram o que diz ser demonstração de falta de interesse na luta contra assassinatos e furtos, mas a corporação lembra que é preciso observar princípios legais.

    Em declarações à VOA, o activista cívico Hugo Calumbo, membro do Movimento para o Desenvolvimento Integral da Cidadania e Direitos Humanos, refere que era grande o aparato policial que impediu uma manifestação para a qual tinham sido observados procedimentos legais junto das autoridades.

    “Inicialmente, numa negociação com a Polícia, ficou decidido que mudaríamos o percurso, mas, no local, surpreendentemente com um grande aparato, dizem-nos que não podíamos porque a Administração Municipal não tinha mandado documento”, disse.

    Para o activista a grande presença do aparato policial significa que “cai por terra o argumento de que faltam meios e homens para garantir segurança”.

    O porta-voz do Comando Provincial da Polícia, Ernesto Chiwale, disse que a causa é nobre, mas salientou que terá faltado a observância da lei.

    Horas antes da proibição, Catumbela assistia a mais um caso de assassinato.

    Um jovem foi apedrejado após ter sido apanhado, em companhia de dois outros, a roubar cabritos, conforme descreveu Dino Caley, activista e repórter comunitário de uma rádio.

    “Foi espancado entre as quatro e as seis horas da manhã.. As pessoas foram acordando e agredindo o jovem. Quando se chamou um carro do INEMA ( Instituto de Emergência Médica já era tarde. Chegou ao hospital já sem vida”, disse o activista.

    Há cinco dias, no início de visitas ao interior da província, o comandante provincial da Polícia, comissário Aristófanes dos Santos, tinha a seguinte leitura disse que “a nossa criminalidade continua a ser baixa, isto em termos de números” mas acrescentou que “é verdade que há crimes que preocupam”.

    O Movimento para o Desenvolvimento Integral da Cidadania e Direitos Humanos promete voltar à carga até conseguir marchar contra o que diz ser aumento da criminalidade na Catumbela, localizada entre Benguela e Lobito.

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    FonteVoA

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