O ministro angolano das Relações Exteriores, Georges Chikoti, afirmou hoje, segunda-feira, que a parceria entre o grupo ACP e a União Europeia ( UE) facilitou importantes passos em prol da unidade e da solidariedade entre os Estados Membros.
O governante fez este pronunciamento ao discursar na abertura da VI Reunião do Grupo de Eminentes Personalidades ACP que decorre a 1 a 3 de Setembro na capital angolana.
No entanto, Georges Chikoti realçou que os objectivos preconizados por esta parceria, em termos da promoção das relações comerciais intra ACP, não foram alcançados.
“Pensamos que devemos continuar a trabalhar no sentido da definição, estruturação e aplicação dos Acordos de Parceria Económica, que como todos almejamos, deverá alavancar a integração económica regional, rumo à Zona Continental de Livre – Comércio”, advogou.
Frisou que colocar em causa os ACP e a sua mais-valia constitui um alarme que deve ser escudado e interpretado para que, em conjunto e de forma solidária, se possa transformar as adversidades e as dificuldades em novas oportunidades.
Para o ministro angolano das Relações Exteriores este é o momento de se perceber o que se é, o que se quer de facto ser, para onde se quer ir e de que forma se pretende fazer.
“Com o aproximar do termo do Acordo de Cotonou, é imperioso que os ACP definam uma estratégia clara daquilo que deverá ser o futuro. Apesar da sua ligação umbilical à União Europeia, talvez seja este o momento de equacionar o alargamento a outros parceiros, se isso constituir de facto uma mais-valia para o grupo”, pontualizou.
Os participantes no encontro abordam temas como, o Grupo ACP e o Acordo de Georgetown; Visão e Objectivos, Crescimento e Evolução, Desafios: factores de sucesso e lições aprendidas de Yaoundé a Cotonou, Análise e a Actualização da presente cooperação ACP-EU.
Constam igualmente do programa da reunião temas como os novos desafios e princípios, promoção das relações internacionais do grupo ACP, com questões como qual a estratégia renovada para o grupo atingir o desenvolvimento político e socio-económico.
O futuro do Grupo ACP nas relações internacionais após 2020 e o financiamento do mesmo – opções variáveis e inovadoras, será igualmente analisado no evento. (portalangop.co.ao)
