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    País emerge como fornecedor regional

    Fronteira de Ressano Garcia, Moçambique. Foto (DR)
    Fronteira de Ressano Garcia, Moçambique.
    Foto (DR)

    A vila fronteiriça de Ressano Garcia, no sul de Moçambique, pode tornar-se num dos maiores fornecedores de electricidade da África Austral, com a entrada em funcionamento de vários projectos de centrais termoeléctricas alimentadas com gás natural extraído na província moçambicana de Inhambane.

    O gás natural que está a ser extraído nas localidades de Pande e Temane, em Inhambane, pelo grupo sul-africano Sasol, e que chega a Ressano Garcia através de um gasoduto com mais de 800 quilómetros de extensão, seguindo depois para a África do Sul, é o novo motor energético da região, que conta pelo menos com quatro projectos de centrais termoeléctricas, duas das quais já em funcionamento.

    Em termos de concessões, a pequena vila de Ressano Garcia tem dois grandes empreendimentos: o Parque de Geração de Energia (PGE) – a cargo da Gigawatt Moçambique, que tem na sua estrutura accionista a sul-africana Gigajoule Power (42 por cento), a moçambicana Eagle Holdings (32) e a Intelect (26) – e a Central Térmica de Ressano Garcia, uma parceria entre a Electricidade de Moçambique (51 por cento) e a Sasol New Energy (49).

    Devido a atrasos no desenvolvimento do projecto do PGE, que se têm repercutido, por exemplo, no acesso a financiamento bancário, a administração do parque atribuiu uma licença temporária de exploração ao grupo escocês Aggreko, com a duração mínima de 24 meses.
    Em Julho de 2012, a Aggreko iniciou a primeira fase de produção de energia, dentro das instalações do PGE, numa central com capacidade para gerar 100 megawatts que, de acordo com uma nota informativa disponível na página electrónica da empresa, estão a ser comercializados à estatal Electricidade de Moçambique (EdM) e à sua congénere sul-africana Eskom.

    Durante o último mês, o grupo inaugurou uma nova central, a­crescentando mais 122 megawatts à sua produção, desenvolvendo, desta vez, um acordo com a EdM e a NamPower, da Namíbia, recebendo este país toda a capacidade gerada, através da rede internacional do Grupo de Energia da África Austral (Southern African Power Pool – SAPP), que engloba 12 países da região.

    Falando em Maputo sobre o nível de desenvolvimento do PGE, Nazário Meguigy, responsável do grupo, avançou a possibilidade de, no próximo ano, se iniciarem as actividades de construção da central termoeléctrica do parque, que deve arrancar com a produção de 100 megawatts, tendo o pa0rque uma concessão de 350.

    No momento em que a central térmica do PGE estiver concluída, ainda de acordo com Meguigy, a exploração da Aggreko tem de ser suspensa, uma vez que o gás natural disponível não vai ser suficiente para alimentar ambos os projectos.

    Quanto à Central Térmica de Ressano Garcia (CTRG), que está a ser desenvolvida pelo grupo finlandês Wärtsilä, e que vai ter uma capacidade de produção de 150 magawatts, deve ser inaugurada em Maio do próximo ano, assegurou recentemente o ministro da Energia moçambicano, Salvador Namburete.

    Assim que estiver concluída, a CTRG, que tem um custo estimado em 181 milhões de dólares (18,1 mil milhões de kwanzas), vai ser a maior central térmica de Moçambique e a segunda maior do continente africano. (jornaldeangola.com)

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