Em uma entrevista à média japonesa publicada neste domingo (29), o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou que os países europeus, os países-membros da OTAN, também estão no raio de alcance dos mísseis norte-coreanos.
Porém, a Aliança Atlântica dispõe de possibilidades e determinação para efetuar um contra-ataque no caso de ações provocadoras, adiantou o alto oficial ao jornal Yomiuri Shimbun.
“Reconhecemos que a Europa também está no raio de alcance dos mísseis [da Coreia do Norte]. Os países da OTAN também estão sob ameaça… A OTAN tem possibilidades e determinação para realizar um contra-ataque”, explicou.
Ao mesmo tempo, Stoltenberg sublinhou que é preciso aumentar a pressão sobre Pyongyang para incentivá-la a negociar.
“Precisamos de pressionar mais a Coreia do Norte para a fazermos sentar à mesa das negociações. Apoiamos decididamente as sanções económicas”, destacou.
Apesar da pressão por parte da comunidade internacional, os norte-coreanos continuam desenvolvendo seu programa nuclear e de mísseis. Em 3 de setembro, o país comunicou que tinha efetuado um teste bem-sucedido de uma bomba de hidrogénio, destinada a equipar os mísseis balísticos intercontinentais.
De acordo com militares japoneses e sul-coreanos, a potência da bomba foi de 160 quilotons, o que é 10 vezes mais que as bombas atómicas lançadas pelos EUA contra as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em 1945. Este foi o 6º ensaio nuclear de Pyongyang, dado que uma semana antes disso o país tinha testado um míssil balístico que sobrevoou o território japonês. (Sputnik)