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    Ossufo Momade: “Nenhum corrupto, nenhum ladrão pode combater outro ladrão”

    …e considera normal a notificação de Nyusi no caso das dívidas ocultas

    O líder da Renamo, Ossufo Momade, considerou normal que o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, seja notificado por um tribunal inglês, no âmbito de um processo relacionado com o caso das chamadas dívidas ocultas.

    Momade falava esta terça-feira, em Maputo, à entrada para um encontro de quadros da Renamo, e realçou que “isto é normal em qualquer país, basta existir a separação de poderes. Isto deveria começar aqui em Moçambique, não podia começar na América ou na França”, numa alusão às diligências iniciadas por outras instâncias de justiça internacionais.

    Por outro lado, Ossufo Momade reagiu ao discurso do Presidente Filipe Nyusi, no encerramento da reunião do Comité Central da Frelimo, domingo à noite, em que defendeu um combate sem tréguas à corrupção.

    “A partir de dentro, mantemo-nos firmes no combate, sem tréguas, contra a corrupção, um fenómeno que afecta a governação, mina a confiança dos cidadãos nas instituições e compromete o alcance dos nossos objectivos colectivos. Continuaremos a combater veementemente a corrupção no seio do partido, nas instituições onde pertencemos sem caçar as bruxas, pois, o corrupto, o criminoso, o ladrão não se nomeia, nem se elege para o ser, ele é por si só”, afirmou Filipe Nyusi.

    Alternativa

    Contudo, o Presidente da Renamo colocou em causa as declarações do estadista moçambicano e apresentou-se como alternativa ao sistema vigente em Moçambique.

    “Fiquem com os olhos abertos: nenhum corrupto, nenhum ladrão pode combater outro ladrão. A solução da corrupção é com a Renamo e Ossufo Momade”.

    “Não é que não existam técnicos na FRELIMO. O problema é do sistema. Podem vir da América, França ou Inglaterra”, mas qualquer pessoa, “quando chega aqui a Moçambique e se mete naquele grupo, fica estragado, sem juízo e sem moral”, concluiu.

    Refira-se que o grupo naval Privinvest foi autorizado na sexta-feira por um tribunal britânico a notificar o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, como uma das partes que interessará ouvir no âmbito do processo das dívidas ocultas a decorrer em Londres.

    A Procuradoria-Geral de Moçambique desencadeou o processo na justiça britânica em 2019 para tentar anular a dívida de 622 milhões de dólares (507 milhões de euros) da empresa estatal ProIndicus ao Credit Suisse e pedir uma indemnização que cubra todas as perdas resultantes do escândalo.

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