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    Oposição denuncia exclusão no acesso a ajuda da Covid-19

    MDM e RENAMO acusam as autoridades da província de Inhambane de excluírem os seus membros das listas para a atribuição de subsídios da Covid-19. Instituto Nacional de Ação Social nega.

    A denúncia é do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). Ambos acusam as autoridades de excluírem os membros e simpatizantes destas formações políticas da receção do subsídio de 2 mil meticais (cerca de 23 euros) por mês – durante seis meses – a cada família, previsto como assistência às famílias carenciadas durante a pandemia de Covid-19.

    “Nos bairros, houve a exclusão total dos membros da oposição, afirma Joel Jeremias, porta-voz do MDM em Inhambane. Segundo o responsável, muitos membros do partido não foram inscritos porque os secretários dos bairros tinham determinações sobre como e quem deve ser registado.

    “Este acto é politizado”, denuncia Joel Jeremias.

    O mesmo terá acontecido com os membros da RENAMO. Sem gravar entrevista, o delegado da formação política em Inhambane, Carlos Maela, também confirmou a exclusão dos seus membros.

    Joel Jeremias: “Este acto é politizado”.
    (DR)

    Subsídios por receber
    Bernadete Gulube, uma simpatizante de um dos partidos da oposição no distrito de Homoíne, confirma que não foi inscrita e que nenhum líder comunitário ou secretário do bairro a contactou para receber a ajuda do Governo.

    “Ainda não nos reuniram acerca disso. Mesmo os nossos líderes ainda não nos falaram, a não ser que tenha havido exclusão de certas casas, mas aqui na minha casa não passou ninguém”, afirma.

    Sandra Marrengula é outra potencial beneficiária a residir em Inhambane, mas também diz que não recebe a ajuda.

    “Ainda não fomos registados. Precisamos porque não estamos a trabalhar conforme por causa dessa doença e estamos a sofrer.”

    O que diz o INAS?
    Uma líder comunitária em Maxixe disse à DW África que fez os registos como o Instituto Nacional de Ação Social (INAS) pediu.

    Isac Mucavele, delegado do Instituto Nacional de Ação Social (INAS) em Inhambane garante que a sua instituição não excluiu ninguém para receber os apoios, porque o dinheiro é para todos os moçambicanos.

    “Não é verdade isso, não temos nada a ver com partidos”, assegurou Mucavele. “Este dinheiro é para apoiar todo o moçambicano que está naquela condição, mas a prioridade vai para estes que não são funcionários e reformados. Não tem nada a ver, está-se a apoiar pessoas só”, reforça.

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    FonteDW

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