O Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) exprimiu, no fim de semana as suas “graves preocupações” em relação aos atrasos persistentes na aplicação total das disposições chaves do acordo de paz entre o Governo do Mali e a plataforma e coordenação dos grupos armados.
Num comunicado divulgado sábado, o CS saudou a assinatura, a 20 de setembro último, pela plataforma e coordenação dos grupos armados, duma série de engajamentos, dos quais uma cessação definitiva e total das hostilidades.
Porém, o CS da ONU instou os grupos armados a respeitarem de maneira estrita estes compromissos, adotando um calendário convincente para a sua aplicação.
Sublinhou igualmente a necessidade urgente de se fornecer dividendos de paz visíveis e reais às populações residentes no norte do Mali e se manter a dinâmica do acordo sobre a paz e a reconciliação no Mali, assinado em 2015.
Exprimiu a sua intenção de privilegiar de maneira exclusiva a aplicação deste acordo na sua próxima visita à região do Sahel.
Convidou, além disso, todas as partes em conflito a conformarem-se com as suas obrigações em virtude do direito internacional aplicável e porem termo às violações dos direitos humanos e abusos.
encorajou o Governo maliano a continuar os seus esforços no quadro do seu combate à impunidade, com o apoio da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização no Mali (MINUSMA).
Falando sobre a situação de segurança no Mali e da ameaça colocada pelo terrorismo e os crimes transnacionais organizados a nível da região do Sahel, o CS indicou que os esforços a serem desdobrados pela força do Grupo dos cinco Estados (G5S) do Sahel para conter as atividades dos grupos terroristas e outros grupos criminosos organizados, vão contribuir para criar um ambiente mais estável na região e ajudar assim a MINUSMA a cumprir o seu mandato de estabilizar o país.
O G5S é um quadro institucional de coordenação e de acompanhamento da cooperação regional em matéria de políticas de desenvolvimento e segurança, criado durante uma cimeira de 15 a 17 de fevereiro de 2014 por cinco estados do Sahel, designadamente a Mauritânia, o Mali, o Burkina Faso, o Niger e o Tchad. (Panapress)
