Lucraram 5 milhões de euros em ano e meio com um circuito que se estendia a Espanha e Itália.
Uma megaoperação da GNR desmantelou esta segunda-feira uma rede de tráfico de amêijoas, apanhadas ilegalmente no Tejo, que lucrou 5 milhões de euros em ano e meio com um circuito que se estendia a Espanha e Itália.
A rusga teve 200 operacionais em 80 locais, sobretudo Barreiro, Almada e Santarém. A rede adulterava certificados de origem para vender bivalves do rio Tejo como se fossem do Sado, capturando diariamente dezenas de toneladas destinadas à comercialização. Os bivalves (amêijoa-japónica e pé-de-burro), apesar de terem “elevados níveis de toxicidade, não eram sujeitos a depuração adequada”.
Foram detidas oito pessoas, com idades compreendidas entre os 29 e os 48 anos, para além de terem sido constituídas arguidas sete sociedades comerciais, bem como seis pessoas, informou esta terça-feira a GNR.
Os detidos estão indiciados pelos crimes de branqueamento de capitais, associação criminosa, fraude fiscal qualificada, falsificação de documentos e crimes contra a saúde pública.
Foram apreendidos 120 mil euros, 1,5 toneladas de bivalves, veículos e embarcações.