Um estudo encomendado pela Philip Morris International indica que as novas leis comunitárias para o setor do tabaco vão gerar a perda de 175 mil postos de trabalho e uma quebra de 5 mil milhões de euros de impostos.
A Comissão Europeia aprovou recentemente uma proposta de revisão da diretiva dos produtos do tabaco, que introduz diferenças no setor e que deverá entrar em vigor a partir de 2015-2016, depois de debatida noutras instâncias como o Parlamento Europeu.
De acordo com o estudo da consultora Roland Berger, a que a agência Lusa teve acesso, a uniformização das embalagens, uma das medidas em cima da mesa, “não terá significativa influência no comportamento do consumidor, alterando as suas preferência de consumo para marcas mais baratas e criando condições favoráveis ao crescimento do comércio ilícito”.
O comércio ilícito de produtos de tabaco, que representa atualmente “cerca de 11% do consumo de cigarros na União Europeia”, pode crescer entre 25 e 55% como resultado da implementação da uniformização das embalagens, aponta a Roland Berger
A proibição de cigarros ‘slim’, curtos e mentolados é outra das propostas em cima da mesa que é contestada no trabalho encomendado pela Philip Morris International, empresa internacional do setor de que a Tabaqueira é a subsidiária em Portugal.
A combinação de “todos os fatores”, diz o estudo, levará à destruição de 175 mil postos de trabalho (num universo de 600 mil empregos), à perda de 5 mil milhões de euros de receita fiscal na Europa e ao acréscimo no consumo de 2%, “por via da redução dos preços em todos os segmentos de mercado resultante de uma competição entre operadores baseada exclusivamente no fator preço”.
(lusa.pt)