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    Nível de importações vai manter-se

    O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José Pedro de Morais, assegurou, quinta-feira, em Luanda, que, apesar da crise económica, o país terá, este ano, um nível de importações semelhante ao de 2012.

    Ao responder às preocupações dos deputados da 5ª Comissão especializada do Parlamento, no encontro com a Comissão Económica do Conselho de Ministros e os gestores dos bancos comerciais, disse que não há probabilidade de escassez de divisas para importar medicamentos.

    Explicou que a importação de bens teve uma tendência crescente até 2014 e baixou em 2015, prevendo-se que volte a cair um pouco mais este ano, mas garantiu que haverá, em 2016, “um nível de importações praticamente igual ao de 2012”.

    “Isto significa que não há (apenas se houver má gestão) probabilidade de não atendermos os sectores mais essenciais da nossa sociedade: medicamentos, bens essenciais básicos, matérias-primas básicas para o sector produtivo”, disse.

    Para tal, realçou o imperativo de haver um sistema ordeiro de acesso às divisas, para que não se despolete o sentimento de pânico no mercado.

    “Queremos ter um sistema ordeiro, em que sabemos quais são os pagamentos externos que vêm primeiro e os que saem depois”, vincou.

    Na mesma senda, chamado a responder às inquietações dos deputados, o ministro da Economia, Abraão Gourgel, disse que os programas voltados para a aceleração da diversificação da economia para o apoio ao empreendedorirsmo e relançamento da actividade privada vão prosseguir.

    Todavia, anunciou que isso será feito a um ritmo mais reduzido, dada a conjuntura actual, isto especificamente no que diz respeito aos programas Angola Investe, reconversão da economia informal e aceleração de diversificação da economia.

    Adiantou que o programa de aceleração da diversificação da economia vai centrar-se, no curto prazo, no conteúdo que está absorvido pela estratégia de saída de crise e nas parcerias público-privadas e reformas voltadas à melhoria do ambiente de negócios.

    Disse que o Executivo vai focar-se no aumento da produção interna, para maior oferta de produtos da cesta básica e afins, que contribuam para a exportação do excedente.

    Para tal, disse que é necessário aplicar algumas medidas transversais, como sejam a concessão de créditos, do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) e do Fundo de Garantia de Crédito, destinado à concessão de garantias públicas, do recurso à garantias soberanas, para facilitar a implementação do investimento, ao abrigo do financiamento externo, assente em critérios pré-definidos.

    Já a ministra do Comércio, Rosa Pacavira, esclareceu que a monitoria dos preços não está a ser feita apenas por causa da crise, mas sim porque já se verificavam, antes, nessa matéria, muitos oportunismos no país.

    A este propósito, lembrou o Decreto 14/96, do Conselho de Ministros, que foi o primeiro que surgiu e que estabelece o preço máximo de venda dos bens e serviços no mercado interno e fixa os preços dos produtos importados e os de produção nacional.

    Rosa Pacavira disse que, nesta fase, o que se está a fazer visa apenas impor ordem no circuito comercial, uma vez que se verificava, até agora, a venda de produtos do grossista para o consumidor final, que, na generalidade, partia para a prática de actos de especulação.

    Por sua vez, o gestor Amilcar Silva, disse, em nome dos gestores dos bancos comerciais, que essas instituições financeiras têm sido alvo de críticas, tal como o Banco Nacional, pois têm que dividir os recursos escassos que hoje estão à sua disposição.

    A delegação da Comissão Económica do Conselho de Ministros foi encabeçada pelo Ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Edeltrudes Costa. (ANGOP)

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