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    Mulher espanca filha até à morte por visitar o pai

    Uma cidadã de 28 anos de idade, identificada por Delfina Miguel, é acusada de matar a própria filha, menor de seis anos, com vários golpes na cabeça, supostamente por ter ido visitar o pai, em casa da madrasta, um crime que ocorreu no município de Cacuso, 72 quilómetros a Oeste da cidade de Malanje, escreve o JA.

    O comandante municipal da Polícia Nacional, superintendente João Sancara, informou que o crime aconteceu no bairro da Maxinde, pelo facto de a vítima ter decidido ir à casa da madrasta, ao encontro do pai que está separado da mãe há dois anos.

    No regresso a casa, a criança foi interrogada pela mãe, para saber onde se encontrava, tendo respondido que vinha da casa do pai, acto que culminou com a agressão física, com recurso a um mexarico, com o qual desferiu vários golpes na cabeça da filha, acabando por sucumbir momentos depois.

    A infanticida, que já se encontra detida na cadeia feminina de Cacuso, vai responder em Tribunal pelo crime cometido, disse o comandante municipal da Polícia Nacional em Cacuso.

    O superintendente João Sancara disse que Delfina Miguel recusou em primeira instância ter cometido o crime, atribuindo a acção a marginais, mas foi desmentida por uma outra filha de dez anos, que presenciou o crime.

    A menor, segundo o superintendente João Sancara, foi também alvo de agressão física por parte da mãe quando tentava abrir a porta para despertar os vizinhos que só apareceram depois da consumação do crime, que chocou Cacuso.

    Segundo o comandante municipal de Cacuso da Polícia Nacional, Delfina Miguel proibia a filha de ir a casa da madrasta, alegando o abandono do pai, com quem viveu antes com sete filhos, dos quais quatro de uma outra relação conjugal.

    Segundo a Polícia Nacional, a menor revelou que no momento do sucedido, a mãe estava embriagada, tendo decidido dormir e despertou às 4h00 da madrugada, altura em que se apercebeu de que a filha estava morta.
    Testemunhas ouvidas pelo Jornal de Angola contam que no dia do sucedido, a suposta autora do crime colocou o cadáver da filha fora de casa.

    Hilário Guilherme, um dos vizinhos, disse que depois da simulação, ela, como forma de se livrar do crime, recorreu aos vizinhos, informando sobre o sucedido, mas pelos vestígios de sangue nas paredes da casa, descobriu-se logo que ela era a autora do assassinato.

    O vizinho conta ainda que a suposta agressora terá também tentado desferir golpes de faca contra a filha, que não resistiu aos ferimentos, tendo morrido por falta de assistência médica imediata.

    Segundo a testemunha, este é o segundo caso protagonizado por Delfina Miguel, que supostamente terá assassinado o filho primogénito de 14 anos, depois de lhe arrancar os órgãos genitais. O marido da mulher fugiu de casa, há três meses, ameaçado de morte, por motivos passionais.

    O superintendente João Sancara disse que o município de Cacuso é estável em termos de criminalidade e que os crimes mais frequentes na região são os de ofensas corporais e furtos.

    Quase todos os dias, surgem no país vários relatos de crimes de violência doméstica em que as vítimas são invariavelmente mulheres e crianças, cujos protagonistas são maioritariamente pessoas do sexo masculino.

    Por causa da avalanche de casos, é voz corrente na sociedade angolana, a alteração da Lei dos crimes de violência doméstica, com aumento do tempo de duração das penas, como forma de desencorajar estas práticas.

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