O MPLA negou, esta terça-feira, a existência de clivagens graves no seu seio, numa nota de esclarecimento distribuída à comunicação social, reagindo a informações postas a circular nesse sentido nas redes sociais.
“Indivíduos eivados de má-fé estão a fazer circular, através das redes sociais e não só, uma onda de especulações, fazendo crer da existência de clivagens graves no seio do MPLA”, afirma a nota, sem entrar em detalhes.
De acordo com o documento, isso “não corresponde à verdade, porquanto o Partido mantém-se coeso e pronto para discutir, democraticamente, todos os assuntos da actualidade política de Angola”.
A nota de esclarecimento do Departamento de Informação do Comité Central sublinha, no entanto, que nunca a Direcção do MPLA se furtará à reflexão, clara e objectiva, sobre o processo de transição político-partidária.
De acordo com informações postas circular nas redes sociais, alguns membros do Bureau Político terão questionado, na sua reunião de segunda-feira, o Presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, sobre quando passaria a direcção do partido ao Vice-Presidente, João Lourenço, por forma a acabar-se com a bicefalia que se regista na condução do Estado e do partido.
Para outros participantes do encontro, ainda segundo as redes sociais, a reunião do Comité Central do partido, marcada para a sexta-feira, deverá convocar um congresso extraordinário, para decidir-se sobre a passagem da presidência do MPLA a João Lourenço.
A ANGOP pediu a confirmação do secretário de Informação do MPLA, Norberto Garcia, sobre três questões, nomeadamente se a reunião do Comité Central, sexta-feira, iria, de facto, convocar o congresso extraordinário.
Da mesma forma, a agência pediu ao político para confirmar se o assunto seria discutido na véspera, em sede da reunião do Secretariado do Bureau Político, e se o Vice-presidente do MPLA, João Lourenço, presidiria ao encontro.
Até às 24 horas de terça-feira, Norberto Garcia não havia reagido às questões que lhe foram enviadas por mensagem telefónica. (Angop)