O Grupo Parlamentar do MPLA e a direcção do Partido Social Democrata (PSD), partidos que sustentam os governos de Angola e Portugal, manifestaram nesta terça-feira, em Luanda, desejo de estruturar uma cooperação parlamentar mais profícua entre os partidos.
A intenção foi aferida durante uma reunião do Grupo Parlamentar do MPLA, chefiado pelo seu presidente, Virgílio de Fontes Pereira, e do vice-presidente do PSD, Marcos António Costa (PSD), que chegou hoje a Luanda, para uma visita de três dias a Angola.
O dirigente do PSD considerou histórico o encontro e salientou que o mesmo vai, no futuro, permitir que os grupos parlamentares possam aproximar relações e trocar mais informação e cooperarem na produção legislativa sobre vários temas de interesse comum.
“Estamos convictos que esta visita história trará, no futuro, frutos importantes para a ralação entre os dois Estados e particularmente terão um significado importante para aproximação dos dois povos”, expressou o responsável do partido luso.
Disse ser a primeira vez que os dirigentes dos dois partidos juntam-se à mesma mesa para falar de relações institucionais, porque “o que sempre aconteceu foi uma boa relação entre governantes do MPLA e do PSD”.
Para si, além das boas relações que os governantes dos dois partidos têm, quando em funções, é necessário que os dirigentes dos dois partidos mantenham esta tradição.
Entretanto, o chefe do Grupo Parlamentar do MPLA, Virgilo Fontes Pereira, notou que as relações entre os dois estados são históricas e têm tido certa estabilidade, apesar de, num ou noutro momento, existirem percalços.
Esta estabilidade das relações com Portugal, aferiu, tem estado a um nível muito para lá das relações inter-partidárias, nomeadamente com os partidos do ardo da governação que não sejam aqueles que têm mais ligação ideológica com MPLA.
“Por isso, esta visita dos dirigentes do PSD a Angola vem dar, digamos, alguma justiça nas relações com Portugal no sentido de o MPLA poder estar também com um relacionamento mais formal com um partido que tem tido uma participação ao nível do Estado Português que não podemos desprezar”, sublinhou. (portalangop.co.ao)