A venda virtual de produções artísticas, individuais e colectivas, é a aposta da Casa da Cultura Njinga Mbandi, do Rangel, para repor a dinâmica no regresso às actividades artística e culturais, durante os próximos meses, informou a directora do espaço. Patrícia Faria adiantou que estão a ser criadas todas as condições de trabalho, para assegurar as questões sanitárias, durante a realização das actividades artísticas e culturais, a partir do mês de Agosto.
Para tal, continuou, mantiveram uma reunião de concertação e auscultação com os fazedores de cultura, na qual falaram sobre as medidas de segurança. “A ideia é que os artistas possam realizar actividades artísticas de forma presencial, mas sempre respeitando as medidas de segurança”, disse, acrescentando que o espaço está, também, preocupado com a salvaguarda dos direitos de autor dos criadores.
“Mesmo com um leque de actividades a serem exibidas através das plataformas digitais, não deixaremos de velar pelos direitos dos artistas. Por isso, vamos estabelecer uma taxa de acesso para quem for assistir”, explicou.
Quanto aos cursos, o regresso está condicionado às medidas de segurança, adiantando que já se está a fazer alguns ensaios, através de oficinas de canto, violino, instrumentos musicais tradicionais, para averiguar os riscos. “Embora não haja espaço para todos, criaremos condições para quem estiver em casa continuar a ter as aulas de música, de forma virtual, com uma senha de acesso”, aclarou.
Criatividade
O desafio à criatividade artística vai ser, para Patrícia Faria, um dos aspectos determinante para o regresso em grande aos espectáculos. Os novos tempos, disse, obrigam a novas atitudes e formas de observar as artes. “Essa criatividade não deve se limitar apenas aos cuidados com a pandemia, mas sim estar presente no profissionalismo diário dos artistas”, defendeu.
As mudanças nos horários e na rotina das comunidades também são factores fundamentais a se ter em conta no regresso aos espectáculos, para a directora da casa de cultura, em especial na altura de estabelecer a carga horária da grelha de programas. “As nossas actividades vão começar mais cedo, para também terminar cedo, por forma a respeitar a Situação de Calamidade Pública”, justificou.