Artistas e amantes de música lamentam a morte da cantora Guê-Guê, e recorrem às redes sociais para partilhar mensagens de pesar e de reconhecimento dos seus feitos.
A cantora, cujo nome de registo é Guilhermina Emília Caetano, morreu, na quinta-feira (6), aos 69 anos de idade, vitima de doença, informou a imprensa de Maputo, citando a família.
“Apesar de termos acompanhado os momentos difíceis da sua doença, não esperávamos que o dia 6 de Outubro fosse fatídico nas nossas vidas,” escreve no seu Facebook o Governo da Província de Inhambane, sua terra natal.
Igualmente no Facebook, Eldelvina Materula, ministra da Cultura e Turismo, escreve que “mais uma luz se apagou na terra e uma estrela se acende no céu. Uma realidade desoladora para a música moçambicana”.
A também oboísta que integrou a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música destaca que ao longo da carreira, “Guê-Guê serviu a cultura moçambicana e inspirou gerações, cantando e educando através da sua arte”.
Tal como centenas de artistas e fás, o cantor Stewart Sukuma, que com ela trabalhou em canções de luta contra a Sida e promoção da paz, recorreu ao Facebbok para afirmar: “Grande Guê-Guê! Cumpriste! Descansa em paz minha querida amiga.”
Nascida a 1 de Setembro de 1953, Guê-Guê desenvolveu o interesse pela música muito nova, imitando, entre outros os brasileiros Roberto Carlos e Ângela Maria.
Ela fez parte, em Inhambane, de um grupo denominado Astroniks, que, por falta de meios técnicos, não foi além. Porém ela não desistiu. Como assistente de bordo, entretinha os seus passageiros cantando.
Guê-Guê começou a gravar na última metade da década de 1980, em Maputo. De imediato teve notariedade e conquistou prémios nacionais, Ngoma Moçambique e Top Feminino.
Em 1998 foi uma das representantes de Moçambique na Expo, em Lisboa, Portugal.
Na “canção pela paz”, de um colectivo moçambicano, o verso de Guê-Guê é “vais florir cantando para sempre”.
