Aspectos ligados à situação de paz e segurança na região dos Grandes Lagos, fundamentalmente no leste da República Democrática do Congo (RDC), estiveram em abordagem no encontro decorrido hoje, terça-feira, em Luanda, entre o ministro angolano da Defesa Nacional, João Manuel Gonçalves Lourenço e o Director para os Assuntos Multilaterais do Reino Unido, Paul Arkwright.
Abordado pela imprensa, no final da reunião, o diplomata britânico afirmou que na qualidade do seu país ser membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e doravante Angola membro não permanente deste organismo internacional “é necessário trocar impressões para resolução deste conflito e outros ainda latentes no continente africano”.
“Como membro permanente da ONU acreditamos que é nosso objectivo resolver encontrar soluções com vista a paz e segurança na República Democrática do Congo e na República Centro Africana, e deste modo estamos esperançados que um consenso político nestes países será a chave para resolução dos mesmos”, destacou o responsável inglês.
Instando a pronunciar-se sobre o actual papel exercido por Angola na ONU, na qualidade de membro não permanente, Paul Arkwright frisou que “apesar desta missão ter iniciado a pouco tempo o representante angolano na sede das Nações Unidas com sua equipa bastante eficiente têm estado a participar activamente na resolução das crises que surgem a nível mundial nesta
organização”.
A República de Angola desde 1 de Janeiro deste ano assume o segundo mandato no Conselho de Segurança (CS), depois da sua eleição para membro não permanente deste órgão da ONU, encarregue de zelar pelo estabelecimento e manutenção da paz e segurança mundial.
Para fazer parte dos 15 países membros do CS, o mais visível e influente órgão do sistema das Nações Unidas, Angola conquistou 190 votos favoráveis, de 193 expressos, em escrutínio decorrido a 16 de Outubro de 2014, em Nova Iorque, numa Sessão da Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Quinze membros compõem o Conselho de Segurança, dez dos quais não permanentes. EUA, Rússia, China, França e Reino Unido, são os permanentes, com direito a veto. Os não permanentes são eleitos rotativamente todos os anos, em representação das distintas regiões do mundo.
A República de Angola foi admitida na Organização das Nações Unidas há 38 anos, como 148º membro. Quanto a cooperação bilateral entre Angola e o Reino Unido no capítulo da formação de militares angolanos o diplomata informou que o seu país apresentou propostas neste sentido e que tudo está dependente das autoridades angolanas. (portalangop.co.ao=