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    Minas de fosfatos garantem emprego

    A exploração de fosfatos na província de Cabinda começa no início do próximo ano, em Cácata. Numa fase seguinte são exploradas as reservas minerais de Chivovo, Cambota, Chibueti, Puetra e Mongo. As reservas minerais estão avaliadas em 395 mil milhões de toneladas.
    Os resultados dos estudos de prospecção foram apresentados ao governo da província de Cabinda, numa cerimónia presidida pelo governador Mawete João Baptista e com a presença do secretário de Estado da Geologia e Minas, Makenda Ambroise, membros do governo e autoridades tradicionais.
    O director do projecto, Ehu Lezy, disse que em Cácata vai ser explorada a rocha de fosfato e o processamento de fosfato concentrado para exportação:
    “o jazigo de Cácata é de boa qualidade” disse Ehu Lezy, destacando oito acções previstas neste período: a extracção da rocha de fosfato, processamento de fosfato concentrado, fabricação de ácido fosfórico, sulfúrico, amónio (NH3), enxofre e em seguida a exportação.
    O especialista disse que a rocha de Cácata tem a vantagem de possuir “fosfato reviático” e “solo acílico”, produto passível de aplicação directa sem necessidade de transformação.
    A mina de Cácata tem grandes quantidades de fosfato, o que vai permitir à empresa uma produção anual de 800 mil toneladas para exportação. Para garantir o transporte marítimo dos fosfatos, Ehu Lezy afirmou que a empresa vai construir um porto mineiro que fica localizado a 100 quilómetros da reserva, a norte de Cabinda.
    A exploração da mina exige igualmente a construção de um grande complexo químico com capacidade para tratar toda a produção proveniente de três reservas próximas. O objectivo é reduzir o cádmio a níveis aceitáveis. “Com este complexo químico estamos em condições de produzir os produtos de exportação de acordo com os padrões internacionais” disse.

    Investimentos e benefícios

    O director do projecto caracterizou o desenvolvimento da produção de fosfato na província de Cabinda, a sua importância para o país e no contexto mundial. Em seguida detalhou o volume de investimentos que a actividade mineira vai exigir da empresa “Mongo Tango LR”.
    Ehu Lezy explicou que “a exploração de fosfatos vai ter efeitos de arrasto que acarretam outros benefícios para o país, além da arrecadação de mais receitas financeiras. Vão nascer à volta do projecto fábricas para produzir fertilizantes, produtos imprescindíveis para a agricultura. Toda esta actividade determina a melhoria significativa das infra-estruturas nas áreas da saúde, educação, electricidade e água. E vai criar muitos postos de trabalho”.
    O projecto inclui a produção de grandes quantidades de fertilizantes para o mercado nacional e para exportar, sobretudo com destino aos países vizinhos de Angola. Ehu Lzy informou que só a produção das 800 mil toneladas de fosfato por ano a permite arrecadar 11, 2 mil milhões de kwanzas. O investimento inicial na “Mongo Tango LR” é superior a 182 milhões de dólares, verba que inclui a construção de alojamentos para os funcionários, a fábrica de beneficiação e do porto mineiro, o estudo de impacto ambiental e de viabilidade financeira.

    Governo satisfeito

    O governador de Cabinda, Mawete João Baptista, valorizou o projecto de exploração de fosfatos na província, por possibilitar o emprego a centenas de jovens e melhorar as condições de vida das comunidades do interior da província.
    Mawete João Baptista afirmou que o subsolo de Cabinda é rico em recursos naturais, por isso pediu ao secretário de Estado de Geologia Minas, Mankenda Ambroise, para enviar geólogos que façam trabalhos de prospecção com vista identificar as zonas com mais recursos.
    Para o governador as riquezas extraídas do subsolo devem beneficiar as populações e sugeriu que sejam feitas prospecções no Maiombe para que a par da madeira sejam explorados outros recursos naturais, visando o rápido desenvolvimento da região: “assim, Cabinda fica em condições de contribuir para as transformações em curso no país e vencer a pobreza”. O secretário de Estado de Geologia e Minas, Makenda Ambroise, considerou o projecto de exploração de fosfatos de grande impacto para o país e de relevância para a vida das populações da província de Cabinda, porque vai combater a pobreza. O secretário de Estado  de Geologia e Minas garantiu apoio institucional à empresa “Mongo Tando LR” realçando que o Executivo vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance, para tornar o projecto rentável e assim contribuir para o aumento de receitas no país.

    Fonte: JA

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