O candidato presidencial Marcelo Rebelo de Sousa considerou hoje que a “recomendação de voto” em si do PSD e do CDS-PP reforça a sua independência e demonstra que não existe qualquer “vinculação partidária”.
“Aceito os apoios, agradeço os apoios, mas no caso até nem foi sequer um apoio, foi uma recomendação de voto. O que significa que fica reforçada a independência, não há financiamentos, nem dependências de campanhas”, afirmou o candidato.
Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas à margem da apresentação de um livro de uma associação para a integração de pessoas deficientes, na Amadora, recusou assim qualquer apoio formal do PSD e CDS-PP.
“É verdade que tive uma vida ligada ao PSD e que fui apoiado várias vezes pelo CDS, mas presidente é presidente e será presidente de todos os portugueses, não do PSD ou do CDS”, insistiu.
Quando questionado sobre as alegações do também candidato presidencial Henrique Neto de que alguns candidatos independentes terão partidos a recolher assinaturas, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que a sua candidatura tem-lhe dado “muitas dores de cabeça”.
“Tem sido uma dor de cabeça porque as pessoas levam a minha casa as assinaturas, entregam na faculdade. A recolha das assinaturas por todo país tem sido lenta e o processamento lento. Por isso, eu não tenciono estar em condições de entregar as assinaturas antes do término” do prazo, argumentou.
Marcelo Rebelo de Sousa desvalorizou ainda as sondagens, que o têm colocado à frente nas intenções de voto, referindo que prefere “esperar pelos resultados eleitorais”.
“Ainda é muito cedo. Não quero entrar em euforias. Eu continuo a ter expectativas baixas fazendo tudo para que o resultado seja o melhor possível, a vitória, e se possível à primeira volta”, disse.
Marcelo Rebelo de Sousa escreveu o prefácio e apresentou um livro sobre os 30 anos da Associação Nacional de Famílias para a Integração da Pessoa Deficiente (AFID), um trabalho da jornalista Ana Rita Ramos. (Jornaldenegocios)
por Lusa