Esta segunda-feira voaram milhares de milhões de dólares e de euros das praças financeiras internacionais e do património dos mais ricos do planeta. O terramoto que abalou os mercados, com epicentro nas Bolsas chinesas e que, num fósforo, se propagou pelas restantes Bolsas asiáticas, europeias e norte-americanas está longe de ter aquietado.
Os índices bolsistas na Ásia, nas Américas e na Europa, estão todos, sem excepção, no vermelho, e acusando sérias perdas. Às primeiras horas de hoje o Dow Jones perde 3,57%, o S&P 500 3,94%, o Nasdaq 3,82%, na Europa o Dax afunda-se 4,7%, o FTSE 100 recua 4,67%. O barril de Brent derrapa 6%, para os USD 42,69 e o de WTI tenta recompor-se um pouco mas está a USD 38,37. Um panorama assustador para a economia mundial, que ainda está para absorver o impacto disto tudo.
Estragos muito directos foram já causados às grandes fortunas mundiais. As 400 pessoas mais ricas do mundo viram apagar-se, só nesta segunda-feira, USD 124 mil milhões das suas fortunas com as massivas vendas de títulos que se verificaram. E 24 bilionários viram fugir ontem mais de um bilião de dólares do seu património. Entre eles incluem-se figuras como Bill Gates, que perdeu USD 3,2 mil milhões e Jeff Bezos, que ficou com menos USD 2,6 mil milhões.
De acordo com os dados compilados pelo ‘Bloomberg Billionaires Index’, o mexicano Carlos Slim perdeu USD 1,6 mil milhões e a sua fortuna desceu ao nível mais baixo desde que o índice existe (2012).
Nas últimas semanas, as 400 pessoas mais ricas do mundo já tinham visto USD 182 mil milhões abandonar os respectivos patrimónios.
O ‘Bloomberg Billionaires Index’ mede a fortuna das pessoas mais ricas do planeta com base no mercado, nas alterações económicas e na informação produzida pela Bloomberg. (opais.ao)