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    Mais de 120 mortos e 180 desaparecidos no naufrágio do ‘ferry’ na Coreia do Sul

    (D.R)
    (D.R)

    O número confirmado de mortos no naufrágio de um ‘ferry’ ao largo da Coreia do Sul ultrapassou hoje os 120, enquanto os mergulhadores prosseguem as buscas para resgatar 180 desaparecidos, na maioria estudantes do ensino secundário.

    Um mar calmo e melhores condições atmosféricas permitiram hoje acelerar as buscas, mas a visibilidade na água continua reduzida.

    Os mergulhadores avançam às cegas no labirinto de corredores e cabines do ‘ferry’ totalmente submerso.

    “Continua a ser muito difícil para os mergulhadores que procuram cadáveres às apalpadelas em águas turvas”, declarou um porta-voz da guarda costeira.

    Segundo o mais recente balanço oficial, foi confirmada a morte de 121 pessoas e 1.818 continuam ainda desaparecidas.

    O barco transportava 476 pessoas quando se virou e afundou na manhã de 16 de abril, ao largo da costa meridional da Coreia do Sul.

    O Sewol, um ‘ferry’ de quatro pontes que fazia o trajeto para a ilha turística de Jeju (sul), transportava 352 jovens do sul de Seul, em visita de estudo. O vice-reitor, pertencente ao grupo dos sobreviventes, suicidou-se na sexta-feira.

    Os familiares dos desaparecidos – pais, na maior parte dos casos – concentram-se todas as manhãs no porto de Jindo, a ilha vizinha do local da catástrofe, e aguardam a chegada dos barcos de socorro, dos quais são desembarcados, a intervalos cada vez mais frequentes, os cadáveres recuperados.

    Nos primeiros dias, as famílias dos desaparecidos, afetadas pela angústia e pela dor, declaravam-se frustradas com a lentidão das operações de socorro, não conseguindo os mergulhadores entrar no barco devido à violência das correntes.

    Mas agora, a esperança de encontrar sobreviventes é praticamente nula e as famílias pressionam os mergulhadores no sentido de recuperar os corpos o mais rapidamente possível, antes que estes fiquem demasiado deteriorados.

    “Só quero rever o meu filho, quero poder segurá-lo nos meus braços e dizer-lhe adeus. Não suporto a ideia de ele estar num lugar frio e escuro”, comentou o pai de um estudante.

    A tragédia do Sewol abalou profundamente a Coreia do Sul, um país orgulhoso dos progressos alcançados nas últimas décadas.

    Arruinado após a guerra da Coreia (1950-1953), é atualmente um país rico, com um nível de vida elevado e ‘número um’ mundial em vários setores económicos, beneficiando igualmente de um sistema democrático robusto, após 30 anos de ditadura.

    Os sul-coreanos tiveram dificuldade em compreender que uma tragédia destas dimensões possa ter acontecido no seu país.

    Os pais das vítimas, mas também a imprensa e a opinião pública expressam a sua incompreensão, a sua ira e a sua dor em violentas críticas dirigidas às autoridades em geral.

    A três dias da chegada do Presidente norte-americano, Barack Obama, a Seul, um responsável norte-americano indicou que “uma grande parte desta visita” terá como objetivo manifestar o apoio dos Estados Unidos ao seu aliado sul-coreano “nesta hora de provação”. (publico.pt)

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