Cento e vinte casos de crianças perdidas e outras que preferiram abandonar o lar familiar para viver nas ruas, foram registados no município de Viana, durante o primeiro semestre deste ano, pela Direcção Municipal de Viana da Acção Social, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria.
Este facto foi avançado nesta terça-feira à Angop, pelo representante desta instituição, Nelson dos Santos, no “Fórum de Reflexão Sobre Crianças Perdidas e Abandonadas”.
Na ocasião, realçou que as causas desta situação recaem fundamentalmente aos maus tratos que as crianças sofrem no seio familiar como, acusações de feitiçarias, bem como o uso excessivo da autoridade paterna.
O responsável referiu ainda que as crianças estão distribuídas nos centros de acolhimento da Remar, Horizonte Azul, Alnur, Elbethel, Santa Isabel e Obra de Caridade, assegurou que estão a trabalhar em recolocar as mesmas no convívio familiar.
Apelou aos pais a prestarem maior atenção aos filhos como, atender as necessidades básica das crianças, moderar a autoridade paternal, optar pelo diálogo, inteirar-se do ambiente escolar, bem como do grupo de amigos com quem convivem no dia/dia.
Por sua vez, o coordenador municipal da Rede de Protecção da Criança, Arnaldo Camolacongue afirmou que estão preocupados com o nível de crianças perdidas e abandonas e, para tal, tem estado a trabalhar de forma articulada com os parceiros para inverter quadro.
O coordenador avançou ainda que consta das preocupações, o destino a ser dado aos que já atingiram a idade de adolescente e devem abandonar os centros de acolhimento.
O Fórum decorreu sob o lema ” Proteger a Criança é minha é tua é á nossa missão”.
O município de Viana, que dista 20 quilómetros da cidade capital, é composto por seis distritos urbanos, Vila Flor, Zango, Baia, Kicuxi, Estalagem e Viana (sede) e a comuna do Calumbo.