DN|Lusa
O Semanário Savana escreve hoje que o antigo ministro dos Transportes e Comunicações Paulo Zucula, o antigo presidente das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) José Viegas, e o antigo diretor-executivo da General Electrics em Moçambique Mateus Zimba deverão ser julgados depois de lhe terem sido negados recursos do despacho de pronúncia no âmbito do referido caso.
O Ministério Público moçambicano acusa os três de associação para delinquir, participação económica em negócio, branqueamento de capitais e abuso de confiança.
“Na verdade, mostram os autos que desde a instrução preparatória até à instrução contraditória, bastante matéria foi reunida para permitir um julgamento sem penumbras, em que, em debate profundo de todos os intervenientes processuais, com a mediação do juiz da causa, poder-se-á confirmar ou não confirmar”, lê-se no acórdão do Tribunal Superior de Relação, divulgado hoje pelo Savana.
Os três arguidos chegaram a ficar detidos em 2017, mas saíram em liberdade mediante pagamento de caução.
A justiça moçambicana acusa os três de terem recebido subornos no valor de 800 mil dólares (717.9 mil euros) na compra de duas aeronaves pela Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) à brasileira Embraer.
A acusação baseia-se em investigações levadas a cabo pela justiça norte-americana às atividades da fabricante brasileira.
Em março deste ano, o antigo ministro dos Transportes e Comunicações foi condenado a 14 meses de prisão por ter autorizado o pagamento de salários indevidos a gestores do Instituto de Aviação Civil de Moçambique (IACM), o regulador do setor.