Este optimismo duma paz em Moçambique, após um longo período de violência entre forças do exército de Moçambique e homens armados da Renamo, tem sido referido aqui e acolá entre analistas, no seio da população e agora pelo próprio antigo chefe de Estado moçambicano, Joaquim Chissano.
“O povo vive numa incerteza permanente e devido à violência” não pode viver descansado e pensar a o futuro em Moçambique , declarou em entrevista à RFI, o antigo presidente moçambicano, Joaquim Chissano.
#Tréguas entre exército governamental e homens armados da Renamo
“Mas a paciência e a perseverança, parece que está pagando os dividendos, porque houve uns dois meses de não violência, de tréguas, para quem quer, que o líder da Renamo pronunciou, apóos uma conversa entre o Presidente da República e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, continua Joaquim Chissano.
O ex-presidente moçambicano, sublinha que o presidente da República, deixou que fosse o presidente da Renamo, a informar ao povo moçambicano, sobre o desfecho do diálogo; e o desfecho é que eles cessariam de atacar, evidentemente, que a parte do governo também não vai atacar durante dois meses.”
“Uma notícia que indica uma evolução e é o que nós todos desejamos, portanto, o povo está a exigir é que não seja uma trégua de dois meses, e como bem disse o presidente da Renamo, essas são tréguas de 2 meses para permitir o início de um diálogo conclusivo para se encontrar uma paz efectiva”.
Paz efectiva, duradoira e prolongada em Moçambique
E Joaquim Chissano retoma, nesta entrevista à RFI, as duas últimas palavras do líder da Renamo, para dizer que “eu gostaria de acrescentar, uma paz efectiva, completa (…), uma paz definitiva, duradoira, prolongada”. (Rfi)
por João Matos