A economia italiana afundou-se um pouco mais na recessão no segundo trimestre, complicando a missão do primeiro-ministro Mario Monti. A contração do PIB mantém-se há quatro trimestres e em termos anuais é já de 2,5%.
A subida do desemprego e a queda do consumo para níveis históricos fizeram a economia recuar 0,7% entre abril e junho, segundo os dados preliminares do Instituto italiano de Estatística.
Os números superam as previsões dos economistas, depois da produção industrial do país ter caído 1,8% no mesmo período. Recua também a confiança. Algumas empresas, a começar pela Fiat, anunciaram já a suspensão de investimentos e ponderam o fecho temporário de fábricas devido à fraca procura.
A recessão ameaça assim as receitas do governo, que quer reduzir o défice de 3,9%, em 2011, para 1,7%, este ano, e evitar um pedido de ajuda internacional.
Para atingir esse objetivo, o executivo de Mario Monti conseguiu fazer aprovar, pelas duas câmaras do parlamento, cortes adicionais da despesa pública de 4,5 mil milhões de euros este ano. O governo já tinha feito passar reduções da despesa na ordem dos 10,5 mil milhões de euros, em dezembro. Desta vez, está em causa, por exemplo, o aumento do IVA em dois por cento.
Fonte: EURONEWS