O ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Manuel Hélder Vieira Dias, exortou Quarta-feira, em Luanda, aos cadetes licenciados pelo Instituto Superior Técnico Militar (ISTM) a prosseguirem com a evolução nas componentes militar e técnico-profissional, com dedicação à pátria
É isso que as Forças Armadas Angolanas esperam dos seus quadros militares”, referiu o dirigente quando discursava na cerimónia que marcou a entrega de diplomas aos 165 cadetes licenciados neste estabelecimento de ensino militar, dentre eles 31 em medicina, 28 em engenharia mecânica, 44 em electrotecnia, 22 em construções e fortificações e 40 em informática.
Referiu que no âmbito da preparação e desenvolvimento das FAA, foi adoptada uma estratégia formativa que fornece resposta adequada à necessidade de militares formados e adestrados em conhecimentos e competências técnico-profissionais, fazendo do militar um comandante, chefe, educador-instrutor e técnico qualificado.
Neste sentido, Manuel Hélder Vieira Dias precisou que tendo em conta a relevância da medicina e da engenharia, enquanto ciência, técnica e até arte, como elementos críticos de asseguramento multilateral para as FAA e também, como elementos propulsores do desenvolvimento do país, o Presidente da República e Comandante-em-Chefe das FAA orientou, como prioridade, a formação e qualificação técnico-profissional de quadros militares nestas áreas.
“É assim que, consubstanciado em si mesma, o cumprimento de objectivos preconizados pela reforma militar das Forças Armadas Angolanas, surgiu o ISTM como instituição militar de ensino superior universitário vocacionado para o estudo, docência, investigação científica e tecnológica, formando quadros militares com licenciaturas nas áreas de medicina e de engenharia”, ressaltou.
Na sua opinião, a cerimónia de entrega dos respectivos diplomas aos recém-licenciados gera momento de satisfação mas representa apenas o encerramento do primeiro passo de uma longa caminhada.
“Amanhã, as portas serão reabertas para o início de uma vida militar e técnico-profissional árdua e de muito trabalho que exige entrega e dedicação plena”, destacou o ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, a quem coube a entrega aos licenciados dos 165 diplomas. Apelou aos licenciados (médicos) a respeitarem a condição de médico-militar e de engenheiro-militar, tornando-se um guardião da qualidade de médico-militar e de engenheiro-militar, cuidando para que o seu trabalho não diminua a importância e o valor da profissão, prosseguindo continuamente a especialização e o aperfeiçoamento.
Exortou ainda aos novos quadros a reforçar a cultura militar em geral, aumentando os horizontes do conhecimento, como um ganho na construção da carreira militar profissional, bem como a manter uma atitude e perseverança, e que cada adversidade se torne num estímulo e cada vitória um impulso para se ir mais longe.
O ISTM, instituição de ensino universitário militar, enquadrado no sub-sistema de ensino superior, foi criado no âmbito do cumprimento da Directiva do Presidente da República e Comandante-em-Chefe das FAA, José Eduardo dos Santos, com o objectivo de formar quadros militares em licenciaturas nas áreas de engenharia e medicina.
O processo de formação neste instituto teve o seu início no dia 15 de Maio de 2008. Nele tomam parte estudantes nacionais e de países amigos, nomeadamente de Cabo Verde, da Guiné-Bissau, de Moçambique e de São Tomé e Príncipe, contando com docentes angolanos, cubanos, portugueses e vietnamitas.
A instituição tem a responsabilidade de formar futuros oficiais, nos domínios da técnica e do saber castrense, capaz de garantir a soberania e a integridade territorial nacional, através de um alto nível de preparação científica e tecnológica.
No ano passado, este estabelecimento de ensino formou os primeiros 120 engenheiros nas áreas de engenharia mecânica, electrotecnia, informática e construções e fortificações.
Testemunharam o acto, o Chefe do Estado Maior General das FAA, general de Exército Geraldo Sachipengo Nunda, os comandantes dos três ramos das Foças Armadas Angolanas, designadamente Exército, Força Área Nacional, e Marinha de Guerra Angolana, bem como oficiais generais e superiores das FAA, adidos de defesa acreditados no país e convidados. (opais.ao)