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    Irão e Agência Internacional anunciam acordo de cooperação nuclear

    Yukiya Amano, diretor-geral da AIEA, vai analisar com outros dirigentes os termos do acordo proposto em de fevereiro de 2014, em Teerão. (Reuters)
    Yukiya Amano, diretor-geral da AIEA, vai analisar com outros dirigentes os termos do acordo proposto em de fevereiro de 2014, em Teerão.
    (Reuters)

    Depois de dois dias de intensas discussões em Teerão, os representantes iranianos e a AIEA -Agência Internacional de Energia Atómica anunciaram neste domingo (9) que as discussões técnicas foram construtivas e que as partes chegaram a um acordo baseado em sete pontos. Um novo encontro foi marcado em Viena.

    As sete medidas práticas de cooperação nuclear deverão ser efectivas a partir de 15 de Maio, conforme divulgou a Irna – a agência oficial de notícias do Irão. No entanto, os negociadores não deram nenhum detalhe ou explicação sobre o teor do documento nem sobre as sete medidas iniciais, que serão submetidas pelo director-geral da AIEA ,o japonês Yukiya Amano, ao Conselho de Governadores da Agência.

    Apesar do sigilo em torno dos termos do acordo, uma primeira informação já foi dada por Behrouz Kamalvandi, porta-voz da Agência: “Uma visita de peritos à base militar de Parchin não faz parte dos sete pontos de cooperação”, declarou. Desde 2012, a AIEA solicita ao Irão uma visita à base de Parchin, a 30 km a sudeste da capital Teerão. A Agência desconfia que actividades nucleares possam ter sido desenvolvidas no local.

    No entanto, o acordo prevê uma visita da mina de urânio de Saghand e da usina de Ardakan (no centro do país), produtora de urânio concentrado, conhecido como “yellow cake”.
    Nessa última discussão, o Irão foi representado por Reza Najafi, seu embaixador junto à AIEA, e a delegação da Agência foi dirigida por Tero Varjoranta, director-geral adjunto.

    As grandes potências e o Irão se encontrarão novamente em 18 de Fevereiro, em Viena, na sede da AIEA, para uma nova rodada de negociações.

    O contexto das discussões

    Os ocidentais suspeitam que a República Islâmica esteja enriquecendo urânio com o objectivo de construir uma bomba atómica, hipótese negada por Teerão.

    Em 24 de Novembro do ano passado, o Irão suspendeu suas actividades nucleares mais sensíveis depois de um acordo provisório fechado com seis potências ocidentais, o Grupo dos 5 + 1 (os cinco países membros do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha). O acordo entrou em vigor em 20 de Janeiro, abrindo caminho à suspensão parcial das sanções internacionais que pesam sobre o país.

    Um período de seis meses foi definido, durante o qual as partes vão conversar para tentar resolver definitivamente o contencioso sobre o programa nuclear iraniano. (rfi.fr)

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