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    IGAPE dá início à BCI em bolsa com bloco indivisível

    O Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) iniciou, quarta-feira, a privatização integral do Banco de Comércio e Indústria (BCI), que beneficiou, em 2020, de uma recapitalizacão de 30 mil milhões de kwanzas do seu accionista, o Estado.

    Em nota, o IGAPE refere que a transferência das acções representativas da totalidade do capital social do BCI será efectuada através do procedimento de Leilão em Bolsa, em que 100% das suas acções serão leiloadas em bloco indivisível, dirigido exclusivamente a candidatos especialmente qualificados.

    O processo ocorre no âmbito do âmbito do Programa de Privatizações (PROPRIV) e em observância ao Despacho Presidencial nº 66/20, de 5 de Maio de 2020, e limita-se a cinco candidatos, segundo o documento a que a ANGOP teve acesso hoje.

    Entretanto, para a efectivação da privatização do Banco, o IGAPE, seleccionou o Standard Bank Angola SA, em parceria com o The Standard Bank of South Africa Limited, como assessor financeiro, com quem tem estado a trabalhar na execução da privatização do respectivo activo.

    A iniciativa efectiva-se essencialmente nos Termos de Referência aprovados em conjunto com o Caderno de Encargos, através do Despacho da Ministra das Finanças n.º 1227/2021 publicado no Diário da República, II Série, n.º 36, de 11 de Março de 2021, disponíveis no website do IGAPE www.igape.co.ao.

    De recordar que o BCI, que beneficiou, em 2020, de uma recapitalizacao de 30 mil milhões de kwanzas do accionista, foi constituído em Agosto de 1991, sendo um banco angolano detido pelo Estado que oferece diversos produtos e serviços financeiros a clientes singulares e empresas.

    O aumento de capital do BCI, foi fruto da Implementação das normas prudenciais, fecho de contas de 2020, a execução do IFRS9 (Normas internacionais de relatórios financeiros), registos das imparidades do crédito, dos resultados negativos e o rácio de solvabilidade abaixo do limite regulamentar negativo 8%.

    Até Setembro de 2020, o rácio de solvabilidade foi de 9%, muito próximo do limite instituído pelo Regulador, o Banco Nacional de Angola, contra os 10% de 2019.

    O Banco está presente nas 18 províncias do país, e conta com uma rede de distribuição de 82 balcões e 31 postos de serviço, sendo que a “injecção” do referido valor pelo Governo, através da emissão especial de obrigações do Tesouro, ocorreu no quadro do Plano Estratégico 2020/2024

    A entidade financeira conseguiu alavancar os seus negócios, tendo atingido resultados líquidos positivos que ascendem os oito mil milhões de kwanzas, até Setembro de 2020, isto é, antes do fecho das contas do exercício.

    Em entrevista, nesta terça-feira à Televisão Pública de Angola, a presidente do Conselho de Administração do BCI, Zenaida Zumbi, disse repetidamente que “o BCI é um bom banco que dá lucros” e que o programa de privatização desta instituição não prevê qualquer despedimento dos colaboradores.

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    FonteAngop

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