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    HIV/SIDA: Pacientes em Moçambique vêem esperança de vida longa no tratamento

    Moçambique é um dos países mais afectados pela doença

    No Dia Mundial de Luta contra o HIV-SIDA, recorda-se uma doença que já significou a sentença de morte para quem a contraísse.

    Margarida Maússe, lembra com tristeza, as duas filhas que perdeu, por causa do vírus.

    “A primeira filha morreu há 11 anos, a outra, passam agora três anos” recorda com tristeza, numa altura em que celebra os 15 anos vivendo com a chamada doença do século.

    Maússe faz parte de mais de dois milhões de moçambicanos que, segundo dados de 2018, vivem com o Vírus de Imunodeficiência Adquirida (HIV), que provoca a SIDA.

    Tal como ela, Elsa Zeca, outra portadora, também recorda os tempos em que a doença era sinónimo de discriminação e afastamento de quem era próximo.

    “Passei por muitos momentos de discriminação. Quando decidi quebrar o silêncio, comecei a sentir discriminação dos vizinhos, algumas amigas e mesmo familiares”, conta.

    Mas hoje, estas são situações que ficam para a história, graças ao tratamento antirretroviral e muitos portadores do vírus celebram a vida de forma positiva, apesar da doença.

    “Aderi ao tratamento antirretroviral e hoje já estou bem, a minha saúde está controlada”, explica Elsa Zeca.

    Margarida e Elsa fazem parte de pouco mais de um 1.200 mil pessoas que, de acordo com dados disponibilizados pelo Conselho Nacional de Combate ao SIDA (CNCS), recebem tratamento antirretroviral.

    Um dos principais parceiros no combate ao HIV/SIDA em Moçambique é o Governo norte-americano que, através do Plano de Emergência do Presidente para Alívio à SIDA (PEPFAR), já canalizou em 16 anos, mais de três biliões de dólares para tratamento.

    Choque com a Covid

    Os progressos alcançados começam agora a ter retrocesso para alguns, por causa da eclosão da pandemia da Covid-19.

    O Centro de Saúde da Polana Caniço, onde está instalado um dos espaços de isolamento para doentes do novo coronavírus, já registou óbitos de alguns pacientes, por causa da combinação HIV/SIDA e Covid-19.

    “O HIV/SIDA acaba sendo uma doença mais grave entre os pacientes internados porque o quadro clínico deles agrava-se em comparação com o dos outros pacientes”, explica uma das médicas daquela unidade sanitária.

    Neste Dia Mundial de Luta contra o HIV-SIDA, 1 de dezembro, assinala-se que, agora, ao contrário do passado, quem está infectado com o vírus tem mais motivos para viver e olhar a vida de forma positiva.

    Entretanto, há quase dois milhões de doentes em Moçambique sem acesso ao tratamento.

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    FonteVoA

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