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    Hitler era viciado em drogas e injectava metanfetamina, diz autor alemão

    Hitler (d) teria injetado mais de 800 injetções de drogas entre 1941 e 1945. (CC) (Yahoo)
    Hitler (d) teria injetado mais de 800 injetções de drogas entre 1941 e 1945. (CC) (Yahoo)

    Um novo livro que estuda o uso de drogas pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial promete mudar para sempre o que se pensava sobre Adolf Hitler. Personificação do autoritarismo e da crueldade no século XX, o Führer pode ter abusado de altas doses de drogas pesadas durante praticamente toda a guerra.

    A informação está no “Der Totale Rausch: Drogen im Dritten Reich” (“A total euforia: Drogas no Terceiro Reich”), novo lançamento do autor alemão Norman Ohler. Ele declara: “Médicos e drogas são responsáveis por boa parte da estrutura interna do nazismo”.

    De acordo com a pesquisa de Ohler, o líder da Alemanha nazi começou a interessar-se por medicamentos e seus efeitos três anos antes da eclosão dos conflitos da Segunda Guerra, em 1936. Foi nesta época que Theodor Morell tornou-se o médico particular de Hitler após ter prescrito o probiótico Mutaflor para aliviar as suas dores no estômago.

    Cristal de metanfetamina, que tem efeitos semelhantes ao crack no corpo. (CC) (Yahoo)
    Cristal de metanfetamina, que tem efeitos semelhantes ao crack no corpo. (CC) (Yahoo)

    A partir de então, Morell passou a agir como o elo entre o Führer e novas drogas, chegando a receitar os tipos mais fortes conhecidos até então – incluindo a psicoativa metanfetamina, cujo efeito a longo prazo se assemelha ao do crack.

    Segundo os cálculos apresentados no livro, Hitler recebeu mais de 800 injeções de metanfetamina, esteroides e outras substâncias de seu médico pessoal entre os anos de 1941 e 1945, ápice da guerra.

    As informações dão novos parâmetros às análises das suas atitudes e a sua postura no período; quando passou a ficar repentinamente calado em público ou durante reuniões, enquanto o nazismo cometia um dos maiores genocídios da história.

    Pervitin, 'a droga da guerra', era consumido e vendido legalmente na Alemanha. (CC) (Yahoo)
    Pervitin, ‘a droga da guerra’, era consumido e vendido legalmente na Alemanha. (CC) (Yahoo)

    Outras fontes já sustentaram o facto de Adolf Hitler consumir drogas pesadas: um dossiê de 47 páginas apresentado pela Agência Americana de Inteligência durante a Segunda Guerra alega que o Führer era “um homem explosivo” que tomava cerca de 74 medicamentos diferentes. O documentário britânico “O hábito de se drogar de Hitler”, por sua vez, conta o abuso de Vitamultin – que contém metanfetamina em sua composição – por parte do líder nazista nos seus últimos dias escondido em um bunker, no fim da guerra.

    Na década de 1930, a popularidade dos estimulantes com base em metanfetamina estourou no mundo todo entre desportistas, artistas, estudantes e principalmente soldados, de acordo com a revista italiana La Stampa. Após o estonteante desempenho dos atletas americanos nas Olimpíadas de 1936, em Berlim, medicamentos como a Benzedrina e o Pervitin (ambos com cristais) eram legalmente comercializados nos EUA e na Alemanha e usados inclusive pelas tropas do exército. (Yahoo)

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