O Conselho de Segurança fez eco da posição da CPLP exigindo a reposição da ordem constitucional.
O Conselho de Segurança da ONU, reunido para analisar a situação na Guiné-Bissau, fez eco da posição assumida pela CPLP exigindo a reposição da ordem constitucional naquele país.
Na sua intervenção perante o Conselho de Segurança, a presidente do grupo de contacto para a Guiné-Bissau, a embaixadora brasileira Maria Luiza Viotti, afirmou que o primeiro passo para a reconciliação nacional deve ser “o respeito pelo primado da lei e a restauração da ordem constitucional”.
“Acreditamos, disse Viotti , que “a unidade de todos os parceiros internacionais contribuirá para o recomeço do processo democrático e para convencer os autores do golpe de estado a retrocederem permitindo a restauração do poder civil”.
Deu como exemplo da eficácia das pressões internacionais a recente libertação do presidente interino Raimundo Pereira e do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior que “constituiu um importante passo para a reposição da legalidade”.
Contudo, na realidade, as posições assumidas pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, CEDEAO, e pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, continuam a divergir.
A mediação da crise pela CEDEAO foi comprometida pela sua decisão de não insistir no retorno à ordem constitucional vigente antes do golpe e de remeter para a Assembleia Nacional da Guiné-Bissau a busca de uma solução para a crise.
Na sua reunião do fim-de-semana passado, a CPLP distanciou-se daquela postura e pediu ao Conselho de Segurança da ONU sanções contra os responsáveis pelo golpe de estado e os civis que os apoiam, denunciando qualquer solução que desrespeite a Constituição guineense.
Segunda-feira, em conferência de imprensa, o partido no poder, PAIGC saudou a posição da CPLP e exigiu que “Conselho de Segurança das Nações Unidas reafirmasse as posições (…) segundo as quais se exigia a libertação incondicional das pessoas detidas, a conclusão do processo eleitoral e sobretudo a necessidade do envio de uma força de estabilização para a Guiné-Bissau para se evitar a recorrência frequente do fenómeno de golpes de estado”.
FONTE: Voa