A equipe de cientistas contou com a ajuda dos detectores de partículas instalados no Grande Colisor de Hádrons para descobrir um novo tetraquark encantado, provavelmente o primeiro de uma classe de partículas jamais vista antes.
“As partículas formadas por quatro quarks já são exóticas, mas a que acabamos de descobrir é a primeira formada por quatro quarks pesados do mesmo tipo, concretamente dois quarks encantados e dois antiquarks encantados”, comentou o porta-voz do experimento LHCb (Large Hadron Collider beauty), Giovanni Passaleva.
A descoberta ajudará aos físicos a compreender melhor a natureza das partículas da matéria comum, como os prótons ou os nêutrons, particularmente, no interior dos núcleos atómicos.
Experimento no CERN descobriu um novo tipo de tetraquark.
Entretanto, os cientistas admitem que, embora não esteja claro se a nova partícula é um “verdadeiro tetraquark”, quer dizer, um sistema de quatro quarks estreitamente unidos entre si, ou um par de partículas de dois quarks debilmente unidas em uma estrutura similar a uma molécula.
De qualquer maneira, a nova partícula ajudará aos cientistas a provar os modelos de cromodinâmica quântica, que descreve uma das forças fundamentais, a interacção forte, segundo comunicado do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN, na sigla francesa).
O LHCb é um dos oito experimentos de detecção de física de partículas que recolhem dados no Grande Colisor de Hádrons do CERN.
O grupo de cientistas envolvido, chamado Colaboração LHCb, construiu, opera e analisa os dados do experimento, sendo composto por aproximadamente 1.260 investigadores de 74 institutos científicos, representando 16 países.