A antiga capitã da selecção nacional que conquistou duas vezes o título de MVP do Afrobasket feminino (2011 e 2013) faz parte de uma lista de ex-praticantes africanas que ultrapassaram o desafio da maternidade e continuaram a jogar a alto nível, e hoje emprestam experiência em outras áreas do jogo.
Nacissela Maurício na qualidade de dirigente da Federação Angolana de Basquetebol, em Yaoundé ajudou Angola a classificar-se na oitava posição, prova ganha pela Nigéria (venceu domingo o Mali na final, por 70-59), Nacissela está com quase sete meses de gestação.
A ex-basquetebolista em entrevista a imprensa no local da competição disse que não ter pensado duas vezes quando convidada para liderar a delegação angolana em Yaoundé.
“Este é o meu ambiente. Sempre adorei o basquetebol e me senti um pouco nostálgica quando chegamos aqui em Yaounde”, disse Maurício, que participou pela última vez numa prova do género em 2015, neste mesmo país.
O basquete, disse, a impediu de estar com os seus parentes e amigos com mais frequência do que ela gostaria.
“Como jogadora, na maioria das vezes, você tem que fazer sacrifícios porque viaja muito, fica semanas, meses longe da própria família“, frisou.
A ex-praticante admite que ficaria muito feliz em ver seu país voltar ao pódio do Afrobasket feminino, o que aconteceu pela última vez em 2013, quando Angola obteve o segundo troféu continental, em Maputo, e ela o seu segundo prémio de MVP.