A representante do Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em Angola, Ghuerde Barreto, defendeu nesta quinta-feira, na cidade da Gabela, província do Cuanza Sul, o reforço da segurança alimentar e nutricional visando inverter o actual quadro que o caracteriza de preocupante.
De acordo com a responsável, a insegurança alimentar em Angola atinge oito milhões de angolanos, e o índice de desnutrição em crianças é de 30% e mulheres com anemia 40%.
Para contrapor a situação, o governo e parceiros são chamados a trabalhar para até 2030 atingirem a meta Fome Zero, no âmbito do programa lançado pela ONU.
Ghuerde Barreto informou estar a trabalhar na disponibilidade de alimentos, acessos aos mesmos, educação alimentar e redução do impacto da Covid-19 na produção.
Segundo a responsável, a pandemia da Covid-19 pode ser um factor impeditivo desse processo, por isso defendeu o reforço da coordenação conjunta com as autoridades angolanas e fazerem os devidos investimentos para o aumento da produção nacional, visando alcançar-se a auto-suficiência alimentar.
A representante trabalhou no Amboim, com o propósito de constatar o grau de implementação do projecto de desenvolvimento Agrícola Familiar e Comercialização SAMAP.
Para si, Angola tem um potencial agrícola importante para a implementação de projectos que visam minimizar o impacto da fome, sendo Cuanza Sul um dos principais pontos.
Desde quarta-feira no Cuanza Sul até domingo (16), Ghuerde Barreto está a visitar, entre outras, instituições pecuárias, agrícolas, projectos de agricultura familiar e promover encontros com o governo, ONG e académicos.