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    Faltam passadeiras na estrada da Camama

    A estrada da Camama, que liga a Via Expressa e Avenida Pedro Van-Dúnem “Loy”, possui um número insuficiente de pedonais e passadeiras em toda a sua extensão de cerca de dez quilómetros, fazendo com que os transeuntes atravessem sem segurança, escreve o JA.

    A nova estrada, aberta há dois anos, conta com quatro faixas de rodagem, sendo duas para cada sentido. Os moradores do Distrito Urbano da Camama, município de Talatona, reclamam a exiguidade de passadeiras ao longo da via, que colocam em risco a vida dos peões.

    Em todo o percurso, observa-se quatro pedonais e três passadeiras, o que corresponde a uma pedonal em cada 2,5 quilómetros e uma passadeira em cada 3,3 quilómetros. Os populares são forçados a andar a pé grandes distâncias para poderem atravessar com segurança.

    A via foi concebida com separadores centrais de betão em alguns pontos e barreiras de ferro em outros, cuja altura não é inferior a 80 centímetros. Naqueles espaços sem uma pedonal, os peões saltam a barreira e, de seguida, põem-se a correr sem pejo.

    O morador da Camama, Abel Adão, conta que crianças, mulheres grávidas e pessoas idosas passam pelo mesmo embaraço na hora de atravessar, pois são obrigadas a pular tais barreiras, por culpa da construtora que se esqueceu dos peões, em vários pontos da via.

    “Os carros circulam aqui, nesta estrada, em grande velocidade porque não existem passadeiras”, disse, apontando a necessidade de mais passadeiras, uma vez que além de residências à volta, funcionam ao longo da via principal vários estabelecimentos comerciais.

    A travessia desordenada dos populares tem provocado, no período da manhã e no final da tarde, engarrafamentos na referida estrada. “Os peões sentem-se desprotegidos por falta de um lugar para passar com toda a segurança.

    A situação deve ser resolvida o mais rápido possível”, afirmou o taxista Samuel, que indicou, a título de exemplo, a falta de uma passadeira entre a entrada do Bairro Chimbicato até ao topo do Cemitério da Camama.

    “A estrada está situada numa zona habitacional e comercial, por isso não se compreende a falta de lugares seguros para que pessoas transitem sem medo”, sublinhou o taxista, num tom de insatisfação.

    Para atravessar a estrada, dentro de um quadro de insegurança, os transeuntes fazem-no a correr, exigindo alguma genica para transpor os separadores. Além de atropelamentos, uma má travessia na estrada pode provocar colisão em viaturas.

    Inês Sebastião, 33 anos, trabalha num armazém de venda de tintas. Ela conta que tem atravessado a estrada todos os dias, mas com muita dificuldade, por falta de uma passadeira. A jovem conta que o caminho da paragem de táxi até a pedonal não consegue fazê-lo sem dificuldades, por estar a uma distância de mais ou menos dois quilómetros.

    Os alunos são a maior preocupação de Inês, que admite serem os que mais encontram dificuldades na hora de atravessar, principalmente quando não têm ajuda de um adulto.

    Nova Vida

    Se na estrada da Camama faltam passadeiras e pedonais, o mesmo não se pode dizer na Avenida Pedro Van-Dúnem “Loy”, sobretudo à entrada da Urbanização Nova Vida, onde os populares evitam, de forma negligente , à utilização da pedonal, correndo riscos de atropelamento.

    Ontem, no quadro de várias campanhas que visam desencorajar a travessia fora da passadeira, dois jovens tinham cartazes com slogans: “Respeite a passadeira, Respeite a vida”.

    “Ainda assim, algumas pessoas sensibilizadas não admitem que correm riscos quando atravessam fora do perímetro de segurança”, disse Délcio Ventura, um dos activistas da campanha promovida pela
    Polícia Nacional e o Banco de Comércio e Indústria (BCI).

    O activista acrescenta que, durante a campanha, tem persuadido os utentes da via pública a prestarem mais atenção na estrada, para que se reduza o índice elevado de sinistralidade rodoviária.

    “Não perdemos nada se andarmos dois minutos a pé até à passadeira, mas alguns peões não acatam o conselho e continuam a fazer uma travessia perigosa”, disse Délcio Ventura.

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