Os Estados Unidos aumentaram nesta sexta-feira a pressão contra o governo de Nicolás Maduro ao impor sanções contra o chanceler venezuelano Jorge Arreaza e prometer novas medidas contra Caracas e “aqueles encarregados de conduzir a sua diplomacia”, escreve a AFP.
Washington impulsiona uma série de sanções contra instituições políticas e financeiras da Venezuela no marco da sua campanha pelo reconhecimento do líder parlamentar Juan Guaidó, que em Janeiro auto-proclamou-se presidente interino ao considerar que o segundo mandato de Maduro iniciado em 10 de Janeiro carecia de legitimidade.
“Os Estados Unidos não vão ficar a olhar como o regime ilegítimo de Maduro priva o povo venezuelano da sua riqueza, humanidade e seu direito à democracia”, disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
Após o reconhecimento de Guaidó, os dois países romperam relações diplomáticas e começaram uma luta por quem tem o direito de exercer representação diplomática da Venezuela em Washington, actualmente ocupada por activistas esquerdistas favoráveis a Maduro.
Arreaza alertou nesta quinta-feira na ONU, em Nova York, que se os Estados Unidos entrarem na embaixada de Caracas em Washington, o
seu país poderá adoptar uma acção recíproca.
“Há reacções que confirmam que andamos no caminho correto (…). Ontem, na ONU, denunciamos de forma irrefutável o bloqueio criminoso dos EUA contra a Venezuela. O governo de Trump responde com desespero contra nós”, tuitou Arreaza nesta sexta.
As sanções anunciadas nesta sexta-feira também afectam a juíza Carol Padilla, que esteve envolvida na prisão no mês passado do chefe de gabinete de Guaidó, Roberto Marrero.