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    Equador vira à direita: Guillermo Lasso descarta perseguições

    Guillermo Lasso, antigo bancário de 65 anos, será o futuro presidente do Equador. Este fiel da organização católica Opus Dei alcançou cerca de 52% dos votos contra Andrés Arauz, delfim do antigo presidente socialista Rafael Correa. Lasso, duas vezes derrotado no escrutínio, leva à melhor na terceira.

    No entanto na primeira volta Lasso tinha ficado em segundo lugar com apenas 19,7% dos votos contra 32,7 para o economista Arauz, de apenas 36 anos.

    Desde o regresso da democracia em 1979 e até 1996 a direita governou sempre o Equador. Depois seguiu-se um período de instabilidade no país sul-americano, até Rafael Correa ganhar em 2013 contra Lasso advogando um “socialismo do século XXI”. Em 2017 Guillermo Lasso volta a perder, mas contra Lenin Moreno.

    De cabelo grisalho Lasso apareceu, nesta campanha, com calças de ganga e ténis vermelhos, uma indumentária que lhe era pouco habitual até recentemente.

    Defendeu ao longo dela “um futuro que leva à prosperidade, a uma sociedade livre, democrática e de oportunidades” que opunha ao “regresso a um passado de violação de direitos humanos, corrupção e má gestão da economia”.

    Lasso tomará posse a 24 de Maio, defende o livre comércio e afirma-se disposto em integrar a Aliança do Pacífico englobando o Chile, a Colômbia, o México e o Perú.

    Oriundo de uma família de 11 filhos acabou por se formar em finanças, com muito esforço próprio, até chegar ao Banco de Guyaquil que presidiu, um dos mais importantes do país, do qual continua a ser accionista.

    Os seus detractores denunciam o seu passado como banqueiro. No final dos anos 90 o Equador viveu uma grave crise financeira com congelamento de depósitos bancários e a substituição da moeda nacional pelo dólar.

    Centenas de milhares de pessoas emigraram essencialmente rumo aos Estados Unidos, Espanha e Itália.

    Na altura Lasso tinha a pasta da economia no governo do presidente Jamil Mahuad que acabará por ser derrubado no ano de 2000.

    Ao discursar após a sua vitória o futuro homem forte do Equador prometeu tolerância e não pretender perseguições.

    “Não chego ao poder com uma lista de pessoas a perseguir ou a prender.

    Quero é que todos os equatorianos sejam livres !

    Que ninguém tenha medo do governo nem de não estar de acordo com o presidente da república !”

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    FonteRFI

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