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    Empresas competitivas são poucas no mercado

    Os factores como a falta de infra-estruturas fundamentais à actividade económica e o acesso ao crédito estão entre as dez principais razões que favorecem à reduzida competitividade da economia angolana. Foto: Vigas da Purificação (JEF) O Instituto do Fomento Empre¬sarial (IFE), apresentou, esta semana, em Luanda, um estudo desig¬nado “Observatório-Empreen¬der, Diversificar e Competir”, no qual aponta os principais facto¬res de competitividade da econo¬mia angolana. De acordo com o relatório a que JE teve acesso, existem dez factores para uma melhor competitividade da economia angolana, com destaque para inovação, sofisticação nos negó¬cios, infra-estrutura, desenvol¬vimento tecnológico, formação e educação superior. De acordo com o documento, a capacidade de inovação de um sec¬tor depende em grande medida da sua capacidade de cooperar ao nível da investigação e desenvolvimento entre as universidades e o sector em referência, pois a disponibili¬dade de cientistas e engenheiros no mercado aliado ao investimento das empresas em investigação vai traduzir-se numa maior capacidade de resposta. Em segundo lugar, o estudo aponta a capacidade de integra¬ção das empresas em sectores, aliado ao impacto da estratégia de marketing, no desenvolvimento e competitividade do sector. A estes factores juntam-se igualmente a quantidade e qualidade dos fornecedores, nível de autonomia, respon¬sabilidade e poder de decisão nos trabalhadores. Entre os factores, o docu¬mento indica ainda a disponi¬bilização de capitais próprios e de risco para o financiamento das empresas, a acessibilidade aos serviços financeiros adequa¬dos às necessidades da empresa, facilidades de acesso ao finan¬ciamento, nível de concorrência entre as empresas do sector, rele¬vância da bolsa de valores para o acesso ao financiamento e soli¬dez do sistema bancário. Quanto à eficiência do mercado de bens, o estudo aponta a contri¬buição dos accionistas, investi¬mento estrangeiro nas empresas angolanas, a eficácia das políticas antimonopolistas, equilíbrio entre qualidade e preço dos bens. A priorização do mercado interno também foi frisado como um dos factores determinantes para a exportação. A este factor junta-se igualmente o volume de compras por parte dos clientes. No que se refere ao estágio de desenvolvimento tecnológico, o estudo aponta a capacidade de adaptação e utilização das novas tecnologias por parte dos recur¬sos humanos, a disponibilidade no mercado das tecnologias mais recentes e adequados ao sector, relevância da transferência de tecnologias por via de investi¬mento estrangeiro. A qualidade das infra-estru¬turas gerais existentes, estradas, vias ferroviárias e portuárias, aeroporto, aeródromo e heliportos são também outros factores. O relatório orienta igualmente o aumento da qualidade de distri¬buição e oferta ao nível da eletrici¬dade e das telecomunicações, rede fixa, telemóvel e internet. Para garantir o funciona¬mento desta máquina, o relatório orienta o Governo e instituições públicas a apostar na protecção dos direitos de propriedade, direi¬tos intelectuais, patentes e mar¬cas, a melhoria do sistema jurídico e imparcialidade nas decisões do Governo para com as empresas, organizações e instituições. O estudo refere que a necessi¬dade de eficiência nos serviços de fiscalização, protecção dos inte¬resses minoritários a nível cor¬porativo, combater o terrorismo e crime organizado e promover a confiança nos serviços polícias para o negócio das empresas. Face à importância de ana¬lisar a competitividade de uma economia, existem diversas ins¬tituições internacionais que pro¬curam analisar a competitividade de todas as economias mundiais, com vista a facilitar a análise do potencial económico e empresa¬rial de cada país. Normalmente estes estudos procuram identificar em primeiro lugar os factores-chaves para o desenvolvimento económico. E em segundo lugar explicar o por¬quê da existência de economias com maior sucesso no desenvol¬vimento do que outras e em ter¬ceiro e último lugar disponibilizar aos Governos e empresários uma ferramenta para aperfeiçoar as políticas económicas e as refor¬mas institucionais. O relatório esclarece ainda que o estudo mais conhecido sobre a competitividade das eco¬nomias, em particular da econo¬mia angolana são desenvolvidos pelo Word Economic Forum (The Global Competitiveness Report) e pelo Banco Mundial, ( doing business). De uma forma global, estes estudos revelam que o ambiente empresarial angolano é ainda muito desafiante. Angola encon¬tra-se no 139º lugar entre os 142 países classificados no índice da competitividade global, informa¬ção divulgada pelo WEF, para os anos 2011-2012. ANDRÉ SIBI (Jornal de Economia & Finanças)
    Os factores como a falta de infra-estruturas fundamentais à actividade económica e o acesso ao crédito estão entre as dez principais razões que favorecem à reduzida competitividade da economia angolana.
    Foto: Vigas da Purificação (JEF) 

    Os factores como a falta de infra-estruturas fundamentais à actividade económica e o acesso ao crédito estão entre as dez principais razões que favorecem à reduzida competitividade da economia angolana.

    O Instituto do Fomento Empre­sarial (IFE), apresentou,  em Luanda, um estudo desig­nado “Observatório-Empreen­der, Diversificar e Competir”, no qual aponta os principais facto­res de competitividade da econo­mia angolana.

    De acordo com o relatório a que JE teve acesso, existem dez factores para uma melhor competitividade da economia angolana, com destaque para inovação, sofisticação nos negó­cios, infra-estrutura, desenvol­vimento tecnológico, formação e educação superior.

    De acordo com o documento, a capacidade de inovação de um sec­tor depende em grande medida da sua capacidade de cooperar ao nível da investigação e desenvolvimento entre as universidades e o sector em referência, pois a disponibili­dade de cientistas e engenheiros no mercado aliado ao investimento das empresas em investigação vai traduzir-se numa maior capacidade de resposta.

    Em segundo lugar, o estudo aponta a capacidade de integra­ção das empresas em sectores, aliado ao impacto da estratégia de marketing, no desenvolvimento e competitividade do sector.

    A estes factores juntam-se igualmente a quantidade e qualidade dos fornecedores, nível de autonomia, respon­sabilidade e poder de decisão nos trabalhadores.

    Entre os factores, o docu­mento indica ainda a disponi­bilização de capitais próprios e de risco para o financiamento das empresas, a acessibilidade aos serviços financeiros adequa­dos às necessidades da empresa, facilidades de acesso ao finan­ciamento, nível de concorrência entre as empresas do sector, rele­vância da bolsa de valores para o acesso ao financiamento e soli­dez do sistema bancário.

    Quanto à eficiência do mercado de bens, o estudo aponta a contri­buição dos accionistas, investi­mento estrangeiro nas empresas angolanas, a eficácia das políticas antimonopolistas, equilíbrio entre qualidade e preço dos bens.

    A priorização do mercado interno também foi frisado como um dos factores determinantes para a exportação. A este factor junta-se igualmente o volume de compras por parte dos clientes.

    No que se refere ao estágio de desenvolvimento tecnológico, o estudo aponta a capacidade de adaptação e utilização das novas tecnologias por parte dos recur­sos humanos, a disponibilidade no mercado das tecnologias mais recentes e adequados ao sector, relevância da transferência de tecnologias por via de investi­mento estrangeiro.

    A qualidade das infra-estru­turas gerais existentes, estradas, vias ferroviárias e portuárias, aeroporto, aeródromo e heliportos são também outros factores.

    O relatório orienta igualmente o aumento da qualidade de distri­buição e oferta ao nível da eletrici­dade e das telecomunicações, rede fixa, telemóvel e internet.

    Para garantir o funciona­mento desta máquina, o relatório orienta o Governo e instituições públicas a apostar na protecção dos direitos de propriedade, direi­tos intelectuais, patentes e mar­cas, a melhoria do sistema jurídico e imparcialidade nas decisões do Governo para com as empresas, organizações e instituições.

    O estudo refere que a necessi­dade de eficiência nos serviços de fiscalização, protecção dos inte­resses minoritários a nível cor­porativo, combater o terrorismo e crime organizado e promover a confiança nos serviços polícias para o negócio das empresas.

    Gestores locais presenciaram a apresentação do estudo sobre as empresas. Foto: Vigas da Purificação
    Gestores locais presenciaram a apresentação do estudo sobre as empresas.
    Foto: Vigas da Purificação

    Face à importância de ana­lisar a competitividade de uma economia, existem diversas ins­tituições internacionais que pro­curam analisar a competitividade de todas as economias mundiais, com vista a facilitar a análise do potencial económico e empresa­rial de cada país.

    Normalmente estes estudos procuram identificar em primeiro lugar os factores-chaves para o desenvolvimento económico. E em segundo lugar explicar o por­quê da existência de economias com maior sucesso no desenvol­vimento do que outras e em ter­ceiro e último lugar disponibilizar aos Governos e empresários uma ferramenta para aperfeiçoar as políticas económicas e as refor­mas institucionais.

    O relatório esclarece ainda que o estudo mais conhecido sobre a competitividade das eco­nomias, em particular da econo­mia angolana são desenvolvidos pelo Word Economic Forum (The Global Competitiveness Report) e pelo Banco Mundial, ( doing business).

    De uma forma global, estes estudos revelam que o ambiente empresarial angolano é ainda muito desafiante. Angola encon­tra-se no 139º lugar entre os 142 países classificados no índice da competitividade global, informa­ção divulgada pelo WEF, para os anos 2011-2012. ANDRÉ SIBI (Jornal de Economia & Finanças)

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