O município de Caconda, que dista a 236 quilómetros a norte do Lubango, província da Huíla, necessita dos serviços fiscais e tributários da AGT, para evitar que os contribuintes tenham de se deslocar à capital huilana para pagar impostos.
Segundo o empresário local Mário João, que falava à Angop, por falta de uma representação da AGT todos os meses é “obrigado” a deslocar-se a Repartição do Lubango para o pagamento de impostos.
Quembo Apolinário, um outro empresário, sublinhou que a deslocação mensal ao Lubango para pagar impostos acarreta outros custos que muitas inibem os contribuintes de manter a cultura de fazê-lo regularmente.
“Muitas vezes a facturação que temos é inferior a tarifa do transporte ou dos custos com o combustível, pelo que optamos em não sair do município”, disse.
Por sua vez, Martinho Vasquete, funcionário público, considerou que para haver desenvolvimento económico do país, é necessário que cada um contribua com os impostos.
Sobre o assunto, a administradora municipal, Mariana Soma, admitiu que a falta de uma repartição estrangula o processo de contribuição para contas públicas, pelo que já foi manifestado a direcção regional sul da Administração Geral Tributária (AGT) da necessidade de uma estrutura afim.
“Desde o tempo colonial que Caconda deixou de ter um edifício de pagamento de impostos. Esta mesma preocupação já foi manifestada junto do governo provincial da Huíla, mas a resposta tarda chegar”, disse.
Entretanto, o chefe de repartição fiscal do Lubango, da 5ª Região Tributária da AGT, Carlos Frederico, fez saber que a instituição está a trabalhar num orçamento para que em, 2019, se venha construir um edifico de raiz que possa atender a população de Caconda, assim como a de Caluquembe. (Angop)