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    Empate em Kinshasa dá esperança aos Palancas

    Angola conseguiu ontem pontuar, pela primeira vez, na campanha de apuramento ao CAN dos Camarões, ao impor um rigoroso empate sem golos à selecção caseira, num jogo intenso e marcado pela divisão da posse de bola e das ocasiões de golo.

    Nem mesmo a presença do Presidente da República nas bancadas ajudou a equipa da casa.

    Apesar de ter entrado para o jogo a pressionar e dispor das maiores ocasiões para marcar, com destaque para um remate de Bokadi Bope, aos 8’, e o cabeceamento de Botaka, aos 12’, nem por isso a selecção da casa foi suficientemente avassaladora nos primeiros 45 minutos da partida. Tudo porque Angola não deixou e foi capaz de dar sempre uma pronta-resposta às investidas do adversário.

    A RDC entrou com tudo. Deixou perceber, claramente, que pretendia resolver o jogo muito cedo. Como prova disso, tomou as rédeas da partida na primeira meia-hora de jogo, assumiu o domínio territorial e dispôs de ocasiões para marcar.

    Nesse período em que esteve relegado à sua defesa, Angola sofreu, sujeitou-se a momentos de calafrios na defesa, mas soube aguentar-se. Para tal contribuiu a boa postura defensiva montada por Pedro Gonçalves, com um tridente defensivo composto pelos centrais Gaspar, Matuwila e Buatu a ser o principal pilar da muralha defensiva.

    À passagem do minuto 20, o conjunto nacional equilibrou a partida e gozou de ocasiões para marcar. Diógenes, aos 23, foi protagonista de uma jogada que levou perigo à área de Kiassumbua, antes de Gelson Dala numa jogada individual e de belo efeito trocar os olhos ao lateral Tisserand, antes de fazer que a bola provocasse a sensação de golo.

    Pese a postura defensiva, os Palancas encararam a etapa inicial do jogo de peito aberto, sem medo e tiveram períodos em que mostraram ser um conjunto sem complexos, a trocar muito bem a bola e a descobrir caminhos para visar a baliza contrária.

    Dada a subida no terreno da formação angolana e, também, em virtude de uma clara quebra no caudal ofensivo dos donos da casa, sobretudo nos últimos 15 minutos da primeira parte, houve inversão de papéis no que à maior posse de bola diz respeito.

    A segunda parte trouxe duas selecções dispostas a retirar o nulo do resultado. O seleccionador da RDC fez três substituições numa só assentada. E viu a equipa ganhar pendor ofensivo. Se, por um lado, na equipa caseira era pela qualidade do futebol de Botaka e Bope que o caudal ofensivo ganhava força para correr junto à baliza contrária, por outro, do lado angolano os grandes “carregadores de piano” da orquestra ofensiva eram Herenilson, Diógenes e Gelson Dala.

    Fruto desta postura, acabou sendo com alguma naturalidade naturalidade que Angola conquistava espaços para jogar em terrenos nevrálgicos do meio-campo da RDC.

    O empate acabou sendo um duro golpe para a equipa da casa, que vinha para este embate decidido em concretizar favoritismo inicialmente atribuído. Os últimos minutos foram intensos, com oportunidades de golo para ambos os conjuntos. O remate de Bolaise ao postes, o cabeceamento de Mbemba foram os lances de maior realce da RDC, ao passo que por banda de Angola Gelson Dala teve nos pés a ocasião mais flagrante para marcar, na cara do guarda-redes da RDC, após passe perfeito de Diógenes.

    A ponta final foi dramática, com o conjunto da casa a pressionar o último reduto, com Hugo Marques a salvar a equipa nacional, com uma defesa de outro mundo, ao remate de Cedric Bakambu.

    Com o empate de ontem Angola pode continuar a sonhar com a qualificação ao Camarões’2022.
    (© Fotografia por: Paulo Mulaza | Edições Novembro)

    FICHA TÉCNICA

    Estádio: Mártires

    Árbitro: Sadok Selmi (Tunísia)

    Auxiliares: Mohamed Bakir e Jridi Faouzi 4º árbitro: Yousri Bouali

    Comissário: Jean Claude Niyongabo
    RDC: Kiassumbua; Issama, Tisserand, Mbemba; Bokadi Bope, Litombo, Kebano, Joel Beya, Moutoussany, Muzinga e Botaka.

    Substituição: Moutoussany por Kalanga, aos 45, Joel Beya por Bakambu, aos 45’, Kebano por Bolaise, aos 45’

    Acção disciplinar: nada a registar.

    Treinador: Christian Nsengi
    Angola: Hugo; Diógenes, Gaspar, Matuwila, Buatu; Paizo, Herenilson, Show, Mateus Galiano, Gelson Dala e Fábio Abreu.

    Substituição: Mateus por Va, aos 56’, Milson por Diógenes, aos 77’, Gelson Dala por Ary Papel, aos 80’, Fábio Abreu por Mabululu, aos 90’

    Acção disciplinar:

    Treinador: Pedro Gonçalves

    Ao intervalo: 0-0

    Resultado final: 0-0

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    FonteJA

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