A UNITA e a CASA-CE, a duas maiores forças políticas da oposição angolana admitem a possibilidade de criar condições para que as eleições Presidenciais de 2022 contem apenas com duas candidaturas, uma do MPLA, protagonizada por João Lourenço, e outra que reúna o consenso de toda a oposição e da sociedade civil.
Como melhor e mais rápido caminho para garantir a alternância no poder em Angola, por parte da UNITA, como sublinhou em declarações ao Novo Jornal Alcides Sakala, histórico dirigente do partido, está a agregação de esforço da toda a oposição em torno de uma candidatura única.
Mas a questão é mais complexa, porque, como lembrou Sakala, “no passado, a UNITA fez várias propostas a respeito da situação, mas outas formações políticas da oposição tiveram as suas estratégias e as coisas não funcionaram”.
Recorde-se que Abel Chivukuvuku, antigo dirigente da UNITA e ex-líder da CASA-CE, admitiu recentemente apoiar outro candidato que não ele para derrotar João Lourenço e o MPLA nas Presidenciais de 2022 (http://www.novojornal.co.ao/politica/interior/chivukuvuku-admite-apoiaroutro-candidato-da-oposicao-nas-presidenciais-de-2022-92314.html)desde que este saia de uma coligação da oposição, se não conseguir, até lá, legalizar o seu PRA-JA Servir Angola.
A “cara” do projecto PRA-JA Servir Angola (http://www.novojornal.co.ao/politica/interior/pra-ja-vai-apresentar-mais-um-recurso-estasemana-93313.html), que luta na justiça por ver reconhecida a sua legalização, até ao momento travada pelo Constitucional por alegadas irregularidades processuais, sublinhou que não faz questão de ser ele a dar a cara por uma candidatura que una a oposição numa frente contra a candidatura do MPLA, encabeçada pelo actual Chefe de Estado, João Lourenço.